Enquanto o mundo continua à procura de soluções sustentáveis para substituir os combustíveis fósseis, uma nova tecnologia está a ganhar atenção entre especialistas da indústria automóvel. Desenvolvida de forma quase silenciosa, este combustível promete ser uma alternativa limpa e eficiente que foge aos caminhos tradicionais já conhecidos.
Limitações das soluções atuais
Segundo a Executive Digest, os veículos elétricos e os motores a hidrogénio foram durante anos apontados como o futuro da mobilidade. No entanto, ambos enfrentam obstáculos técnicos e económicos que dificultam a sua expansão em larga escala.
As baterias dos automóveis elétricos são dispendiosas, exigem metais raros e tornam-se um desafio quando chega a altura de reciclar. Além disso, o seu fabrico ainda está longe de ser totalmente limpo.
No caso do hidrogénio, os custos elevados, a complexidade de produção e as rigorosas exigências de armazenamento continuam a impedir a sua adopção generalizada, apesar do seu potencial.
Uma nova via possível
No meio deste cenário, surgiu uma alternativa inesperada. Criada pela empresa britânica Dearman, esta solução recorre a um princípio físico simples mas poderoso, que transforma um líquido comum numa fonte de energia mecânica.
Alimentado por nitrogénio líquido, este sistema inovador aproveita o fenómeno da expansão térmica, que pode aumentar o volume da substância em mais de 700 vezes, para produzir movimento, segundo refere a mesma fonte. Ao contrário das soluções tradicionais, como o hidrogénio ou os veículos elétricos, esta tecnologia destaca-se por ser discreta, eficiente e amiga do ambiente, surgindo como uma alternativa para o futuro da mobilidade.
O seu funcionamento assenta num mecanismo de pistões movidos por uma substância que muda de estado de forma controlada.
Sem emissões poluentes
Ao contrário dos combustíveis tradicionais, esta inovação não produz dióxido de carbono, óxidos de azoto nem partículas nocivas. Segundo a empresa, “a única emissão de um motor Dearman é o ar ou o azoto”.
Mais simples do que parece
O sistema distingue-se também pela sua simplicidade. Em vez de exigir infraestruturas complexas, recorre a uma substância amplamente utilizada na indústria e fácil de armazenar com segurança.
Produção com base no ar atmosférico
A sua produção depende apenas da liquefação do ar, um processo conhecido que pode ser alimentado por fontes de energia renovável, reduzindo os custos e o impacto ambiental.
Armazenamento a temperaturas extremas
Apesar de exigir reservatórios capazes de resistir a temperaturas inferiores a -200 °C, a Dearman garante que os materiais e as técnicas de fabrico existentes permitem controlar os custos.
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Velocidade no abastecimento
Segundo a mesma fonte, este novo combustível pode ser transferido a uma velocidade superior a 100 litros por minuto, ultrapassando em muitos casos os métodos tradicionais de reabastecimento automóvel.
Graças à sua eficiência e rapidez, o sistema adapta-se bem a frotas comerciais, veículos de logística urbana e até transporte pesado, áreas onde o tempo é um recurso valioso.
Menos peso, mais durabilidade
Como não exige baterias pesadas, o novo motor permite reduzir o peso total do veículo, prolongando também a vida útil de componentes como os travões e os pneus.
Rumo a um futuro mais limpo
Embora ainda em fase de testes, os primeiros resultados são promissores, como refere a Executive Digest. A procura por soluções mais sustentáveis poderá abrir caminho para que esta inovação ganhe espaço no mercado global.
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