A sinalização rodoviária desempenha um papel fundamental na segurança e na organização do trânsito. A sua atualização é essencial para acompanhar as novas necessidades de mobilidade e promover comportamentos mais responsáveis nas estradas. Em Portugal, nos últimos anos, foram introduzidos novos sinais de trânsito com o objetivo de responder aos desafios atuais da circulação rodoviária. Neste artigo, vamos falar-lhe em particular sobre os sinais de trânsito D6a e D17.
Uma revisão importante ao Regulamento de Sinalização do Trânsito
Em abril de 2020, entrou em vigor uma revisão significativa ao Regulamento de Sinalização do Trânsito (RST), marcando a primeira grande atualização desde a sua publicação inicial. Segundo a Generali Tranquilidade, esta revisão foi estabelecida pelo Decreto Regulamentar n.º 22-A/98, de 1 de outubro.
A alteração visou adequar a sinalização às exigências atuais do Código da Estrada e aos objetivos definidos no Plano Estratégico Nacional de Segurança Rodoviária — PENSE 2020, promovendo maior clareza, segurança e sustentabilidade na mobilidade rodoviária.
O sinal D6a e a promoção da partilha de transporte
Entre os sinais introduzidos, destaca-se o sinal D6a, que assinala uma via reservada a veículos com elevada taxa de ocupação. Este sinal indica que a faixa em questão só pode ser utilizada por veículos que transportem duas ou mais pessoas, incluindo o condutor.
A medida pretende incentivar a utilização partilhada do automóvel, ajudando a reduzir o tráfego nas horas de ponta, diminuindo a emissão de poluentes e promovendo uma mobilidade mais sustentável.

O sinal D17 e o fim da reserva de faixa
Diretamente ligado ao D6a está o sinal D17, que marca o fim da via reservada a veículos com alta taxa de ocupação. A presença deste sinal indica que, a partir daquele ponto, todos os veículos podem voltar a circular nessa faixa, sem restrições de ocupação.
A introdução destes dois sinais visa não só melhorar a fluidez do tráfego, mas também sensibilizar os condutores para práticas de mobilidade mais conscientes e colaborativas.

Sinal D6: faixa exclusiva para transporte público
A par destas novidades, vale a pena destacar o já existente sinal D6, que indica uma via reservada a veículos de transporte público. De acordo com o portal Pplware, esta faixa pode ser utilizada por autocarros, táxis, veículos em missão de socorro, de serviço urgente de interesse público e forças de segurança.
A presença deste sinal obriga todos os restantes condutores a respeitar essa exclusividade, permitindo que os serviços de transporte e emergência operem com maior eficácia e menor interferência.

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Sinais que refletem novos hábitos de mobilidade
A introdução e reforço destes sinais representam uma adaptação necessária aos tempos atuais, onde se procura cada vez mais reduzir o número de viaturas em circulação, otimizar os recursos existentes e minimizar o impacto ambiental da mobilidade urbana.
Além de melhorar a organização nas estradas, estas medidas promovem uma maior responsabilização dos condutores no que diz respeito à partilha do espaço rodoviário e ao respeito pelas faixas exclusivas.
Uma mudança com impacto real
Estas alterações ao RST fazem parte de uma estratégia mais ampla de modernização do sistema rodoviário nacional. A sinalização atualizada contribui para reduzir a sinistralidade, facilitar a circulação em zonas urbanas e melhorar a qualidade de vida nas cidades.
A longo prazo, espera-se que o cumprimento destas regras leve a uma redução efetiva dos congestionamentos, incentivando os condutores a adotarem hábitos como o carpooling (partilha de boleias) ou o uso dos transportes públicos.
Um apelo ao cumprimento e à consciencialização
Mais do que conhecer os sinais, é fundamental que os condutores compreendam a sua razão de ser e respeitem as suas indicações. A sinalização existe para garantir a segurança de todos os utilizadores da via pública: condutores, passageiros, peões e ciclistas. Após este artigo, se não tinha ainda conhecimento, já conhece o significado dos sinais de trânsito D6a e D17.
A adoção de comportamentos mais conscientes e o respeito pelos sinais que regulam o uso das vias são passos essenciais para uma mobilidade mais segura, eficiente e sustentável em Portugal.
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