Portugal viveu recentemente um dos maiores apagões da sua história. Na segunda-feira, 28 de abril, por volta das 11h33, milhões de pessoas em todo o território nacional e na vizinha Espanha ficaram sem eletricidade. Residências, empresas, hospitais e até serviços de telecomunicações foram afetados em simultâneo. O incidente gerou surpresa, mas também preocupação sobre a estabilidade da rede elétrica nacional. Saiba o que diz a Inteligência Artificial (IA) acerca das probabilidades de ocorrência de um novo apagão no nosso país nos próximos anos.
O que aconteceu a 28 de abril
O apagão teve origem numa falha em cadeia que afetou a rede elétrica ibérica. As causas exatas ainda estão a ser analisadas, mas sabe-se que a interrupção foi repentina e afetou de forma transversal diversos setores, desde a distribuição doméstica até sistemas críticos como hospitais e transportes.
Apesar de ter durado apenas algumas horas, o impacto foi significativo. As autoridades reforçaram a necessidade de rever protocolos e aumentar a resiliência do sistema energético, refere a Executive Digest.
Vamos ter outro apagão?
A dúvida permanece: há risco de voltar a acontecer? De acordo com uma análise do ChatGPT, conhecida plataforma de IA, baseada em tendências e dados energéticos, a probabilidade de um novo apagão generalizado nos próximos dois a três anos é considerada baixa, entre 5% e 10%. Ainda assim, o risco não é inexistente.
Este tipo de falha cria pressão imediata para que se façam auditorias técnicas e se corrijam vulnerabilidades. A experiência recente deverá servir de alerta para reforçar medidas de prevenção e resposta.
O que esperar até 2026
Nos próximos dois anos, os especialistas apontam para um reforço da proteção de rede e afinação dos sistemas automáticos de corte. A infraestrutura deverá ser alvo de melhorias técnicas e operacionais, como resposta direta ao apagão de abril.
O ambiente político e mediático também contribuirá para acelerar decisões. A prioridade será garantir que o mesmo tipo de falha não se repete no curto prazo.
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O risco no médio prazo
Já entre 2027 e 2030, a probabilidade de um novo apagão, segundo a IA, sobe ligeiramente, estimando-se entre 10% e 15%. A explicação passa pela crescente integração de energias renováveis intermitentes, como a solar e a eólica, que dificultam o equilíbrio constante da rede.
Além disso, parte da infraestrutura elétrica encontra-se envelhecida, o que exige investimentos em modernização, baterias de grande capacidade e reforço das interligações entre regiões. Se essas medidas não forem tomadas, o risco de instabilidade volta a crescer.
Eventos extremos e picos de consumo
Os eventos climáticos extremos são um fator adicional de risco. Verões cada vez mais quentes e ondas de calor podem levar a sobrecargas no sistema, aumentando a probabilidade de falhas.
O consumo elevado em determinados períodos obriga a uma gestão rigorosa da distribuição. Sem essa vigilância, aumentam os episódios de falhas regionais.
Apagões localizados são mais prováveis
Mesmo com um risco geral relativamente controlado, os apagões localizados continuam a ser uma realidade possível. Ciberataques, erros humanos, falhas técnicas ou incêndios podem afetar zonas específicas, especialmente grandes cidades como Lisboa e Porto, refere ainda a Executive Digest.
Estes centros urbanos dependem de redes mais densas e complexas, com infraestruturas que exigem manutenção contínua. Estima-se que a probabilidade de apagões regionais ou setoriais ronde os 20% a 30% nos próximos anos.
A importância do investimento contínuo
Para reduzir estes riscos, é essencial manter o investimento em modernização da rede elétrica, diversificação de fontes e sistemas de armazenamento de energia. Só com uma infraestrutura mais adaptável será possível acompanhar as novas exigências energéticas e climáticas.
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