Uma cidadã portuguesa procurada pela prática de um crime de homicídio qualificado, em Lisboa, foi detida pela Polícia Judiciária (PJ) de Cabo Verde para ser extraditada para Portugal, foi hoje anunciado.
Em comunicado, a PJ de Portugal explica que as Autoridades Judiciárias e a Polícia Judiciária de Cabo Verde, em articulação com as Autoridades Judiciárias Portuguesas e a Polícia Judiciária portuguesa, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, localizaram e detiveram uma mulher de 41 anos, mediante cumprimento de mandado de detenção internacional.
A cidadã portuguesa foi condenada pela prática de um crime de homicídio qualificado, que ocorreu em 24 de dezembro de 2016, em Lisboa, sendo a vítima o seu companheiro, também português com 25 anos.
No decurso da investigação e após conhecimento do crime, a arguida foi detida tendo-lhe sido aplicada a medida de coação de prisão preventiva, na vigência da qual foi condenada em primeira instância a pena de prisão de 17 anos, adiantou a PJ.
Segundo o jornal O Minho, a mulher “terá que ainda que indemnizar a família da vítima, Hugo Oliveira, em 60 mil euros. Fernanda Baltazar terá assassinado o companheiro com recurso a medicamentos, gelo seco e fogo”.
Terá sedado o noivo com comprimidos e despejado 35 quilos de gelo seco no quarto antes de atear fogo à cama
Segundo a mulher, a morte fazia parte de um pacto de suicídio que acabou por falhar, já que desistiu. A mulher alega ter ajudado o noivo, Hugo José Oliveira, a morrer com um incêndio. A suspeita fez a confissão ao juiz, mas disse que não teve coragem de prosseguir.
Depois do crime, a professor fugiu de taxi para sua terra natal, Vila Nova de Gaia, onde foi encontrada e detida pela Polícia Judiciária. A homicida terá sedado o noivo com comprimidos e despejado 35 quilos de gelo seco no quarto antes de atear fogo à cama.
“Por motivos jurídico atendíveis e sem que a sentença condenatória proferida em primeira instância tivesse transitado em julgado, a arguida acabou por ser colocada em liberdade, encetando fuga para parte incerta”, lê-se no comunicado.
Por decisão judicial, transitada em julgado em 08 de abril do ano passado, foi reconfirmada a decisão de primeira instância, da condenação da mulher a uma pena de 17 anos de prisão, explicou aquela polícia.
Após as comunicações entre a PJ portuguesa e PJ de Cabo Verde, foi possível a localização da “arguida naquele país e a sua detenção, mediante cumprimento de mandado de detenção internacional emitido pelas Autoridades Judiciárias portuguesas e cumprido pelos serviços da Polícia Judiciária de Cabo Verde”.
Segundo a PJ, atualmente aguarda-se os trâmites legais relativos à extradição da arguida agora detida, de Cabo Verde para Portugal, para cumprimento do remanescente da pena de prisão à qual foi condenada.