Jacques Rodrigues, dono do grupo Impala, e o filho, são suspeitos dos crimes de corrupção, insolvência dolosa agravada, burla qualificada e falsificação ou contrafação de documentos. Em causa estão dívidas de 100 milhões de euros a credores. Já foram constituídos dez arguidos.
Em comunicado, e sem referir nomes, a PJ revela que está a realizar trinta e dois mandados de busca. Oito dos quais são buscas domiciliárias e vinte e quatro são buscas não domiciliárias).
Durante a ação policial que se desenvolveu em várias cidades: Lisboa, Sintra, Cascais, Oeiras, Amadora, Santo Tirso, Porto, Matosinhos e Funchal, a PJ deu cumprimento a quatro mandados de detenção fora de flagrante delito e à constituição de dez arguidos.
Além das buscas domiciliárias, foram realizadas seis buscas em empresas com atividade no domínio da comunicação social, quatro em sociedades/gabinetes de revisores oficiais de conta e uma em escritório de advogado.
A operação, designada “Última Edição”, investiga “um plano criminoso traçado para, entre o mais, ocultar a dissipação de património, através da adulteração de elementos contabilísticos de diversas empresas, em claro prejuízo de diversos credores, os trabalhadores, fornecedores e o Estado, estando reconhecidos créditos num valor total de cerca de cem milhões de euros”, revela o comunicado da PJ.
Haverá também desvio de valores com origem nas estruturas societárias, para fora do território nacional, num montante global que ascenderá a largas dezenas de milhares de euros.
As buscas realizadas visaram a recolha de elementos probatórios de diversa natureza, tendentes ao esclarecimento dos factos objeto de inquérito.
Os detidos serão presentes no Tribunal de Instrução Criminal de Sintra, para realização do primeiro interrogatório judicial de arguidos detidos, visando a aplicação de medidas de coação tidas por adequadas.
