Muitas pessoas mantêm a mesma almofada durante anos, sem se questionarem sobre a sua eficácia. No entanto, especialistas alertam que este hábito pode comprometer a qualidade do sono e gerar desconforto no pescoço e nas costas. De acordo com a osteopata Nadia Alibhai, citada pelo Noticias ao Minuto, a almofada tem um prazo de validade que depende da posição em que dormimos e do seu estado de suporte.
Para garantir uma postura correta durante a noite e reduzir tensões musculares, é fundamental que a almofada continue a cumprir a função de apoiar o pescoço. Segundo a mesma fonte, uma almofada que perdeu firmeza deixa de ser útil, assim como um colchão gasto não sustenta adequadamente a coluna.
O teste da almofada
A osteopata criou um método simples para avaliar se chegou o momento de substituir a almofada. Destinado a quem dorme de lado ou de costas, o teste verifica se o acessório mantém a forma necessária para preencher o espaço entre a orelha e o ombro ou a curva do pescoço, conforme a posição de descanso.
O procedimento é direto. Segure a almofada e dobre-a ao meio, aproximando as extremidades. Se permanecer dobrada, indica que perdeu suporte e deve ser trocada. Caso se desdobre após cerca de 30 segundos, ainda pode ser utilizada.
Este teste, segundo a especialista, não se aplica a quem dorme de barriga para baixo, posição em que o ideal é uma almofada muito fina ou até a ausência dela.
Conselhos para dormir melhor
Além da escolha da almofada, Nadia Alibhai recomenda algumas práticas para melhorar a qualidade do sono.
Dormir do lado esquerdo facilita a circulação sanguínea e ajuda a coluna a manter-se numa posição mais correta, enquanto colocar uma toalha enrolada ou uma pequena almofada entre as pernas aumenta o apoio lombar.
A higiene do sono também desempenha um papel importante. Segundo a osteopata, o uso prolongado do telemóvel antes de dormir deve ser evitado, pois a luz azul interfere no ciclo do sono. Tomar banho à noite contribui para o relaxamento do corpo e acalma o sistema nervoso.
A iluminação do quarto deve ser adaptada, substituindo lâmpadas frias por luzes mais quentes e, se desejado, acender uma vela pode ajudar a criar um ambiente relaxante.
Os riscos de dormir mal
Dormir mal não só prejudica o dia a dia como também pode acelerar o envelhecimento do cérebro. Um estudo publicado recentemente na revista eBioMedicine indica que hábitos de sono deficientes aumentam o risco de declínio cognitivo e demência, reforçando a importância de investir em uma boa almofada e em rotinas saudáveis, segundo Nadia Alibhai, citada pelo Noticias ao Minuto.
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