O número de casos confirmados de infeção pelo novo coronavírus que causa a doença Covid-19 subiu para 41, mais dois do que os contabilizados na segunda-feira, anunciou hoje a Direção-Geral da Saúde (DGS).
De acordo com o boletim sobre a situação epidemiológica em Portugal, divulgado hoje, há 375 casos suspeitos, dos quais 83 aguardam resultado laboratorial.
Segundo a DGS, há ainda 667 contatos em vigilância pelas autoridades de saúde.
A região Norte é a que regista o maior número de casos confirmados (27), seguida da Grande Lisboa (10) e das regiões Centro e do Algarve, ambas com dois casos confirmados da doença.
Segundo o mapa disponibilizado pela DGS, não há casos registados no Alentejo e Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Os dados da DGS adiantam que cinco casos resultam da importação do vírus de Itália, dois de Espanha e um está em investigação relativamente à origem da Alemanha ou da Áustria.
De acordo com a Direção-Geral da Saúde, “há seis cadeias de transmissão ativas”.
Relativamente à caracterização dos doentes internados, 23 são homens e 18 são mulheres, a maioria (sete homens e sete mulheres) têm idades entre os 40 e os 49 anos.
Há três mulheres internadas com idade entre os 70 e os 79 anos, adianta o boletim da DGS, que aponta ainda que seis doentes têm idades entre 10 e 19 anos, dois têm entre os 20 e os 29 anos, seis entre os 30 e os 39 anos.
Quatro doentes têm idades entre os 50 e os 59 anos e seis têm entre 60 e 69 anos.
Tosse é o sintoma mais apontado (29), seguido de febre (23), dores musculares (21), dores de cabeça (19) e fraqueza generalizada (17).
A epidemia de Covid-19 foi detetada em dezembro, na China, e já provocou mais de 4.000 mortos.
Cerca de 114 mil pessoas foram infetadas em mais de uma centena de países, e mais de 63 mil recuperaram.
Nos últimos dias, a Itália tornou-se o caso mais grave de epidemia fora da China, com 463 mortos e mais de 9.100 contaminados pelo novo coronavírus, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia.
O Governo português decidiu suspender todos os voos com destino ou origem nas zonas mais afetadas em Itália, recomendando também a suspensão de eventos em espaços abertos com mais de 5.000 pessoas.