Alcoutim assinalou o 48.º aniversário do 25 de Abril, pelas 10:00, com a sessão solene no salão nobre da Câmara Municipal que decorreu após a arruada pela banda musical castromarinense e o hastear da bandeira na Praça da República. No sábado, dia 23 de abril, realizou-se o concerto “Simplesmente abril”, com o Grupo Jacarandá, no Espaço Guadiana.
A cerimónia contou com as intervenções do presidente da Câmara Municipal, Osvaldo dos Santos Gonçalves, do presidente da Assembleia Municipal, António Matias, e de dois representantes das bancadas do PSD e do PS, Rui Cruz e Melanie Fernandes, respetivamente.
Todos os oradores relembraram os ideais de abril, lamentando que a atual situação política, económica e social que o mundo atravessa e esteja a pôr em causa muitos desses ideais.
António Matias, presidente da Assembleia Municipal, reforçou “o meu apreço ainda, aos que ao longo destes 48 anos contribuíram decisivamente para a consolidação do regime democrático” e defendeu que “os ideais de Abril estão inscritos na nossa Constituição, façamos deles um elemento inspirador do nosso futuro coletivo, baseado no respeito pela dignidade da pessoa humana e na vontade popular, que nos oriente e motive para a ação política livre e democrática, promovendo o desenvolvimento e a solidariedade social, porque os Alcoutenejos o merecem, e esperam o melhor de nós”.
A cerimónia foi encerrada com o discurso do presidente da Câmara Municipal, Osvaldo dos Santos Gonçalves, que alertou: “todos sabemos que a liberdade carrega consigo traços de enorme fragilidade e como tal é imperioso estar atento aos sinais que diariamente e ciclicamente nos apontam perigos para o que erradamente poderemos achar eterno”, afirmou o autarca.
“Não deixemos nunca que abril seja só uma data, tenhamos a certeza de nada é eterno, e, por isso, procuremos todos os dias, fortalecer a nossa liberdade e a daqueles que nos rodeiam”, prosseguiu o presidente da Câmara, “inspirados na coragem dos capitães de abril, saibamos ensinar as gerações futuras viver em liberdade”, concluiu Osvaldo Gonçalves.