Portugal está a arder, famílias estão a perder as suas casas e pessoas morrem vítimas deste desastre, mas os wokistas superficiais não se distraem: a discussão do momento é sobre quem deve preparar a mala do Ministro.
O Ministro Adjunto e da Coesão Territorial de Portugal, Manuel Castro Almeida, foi apanhado a meter o pé na argola quando falou para a televisão, em direito, sobre a situação crítica nas regiões norte e centro, “…a minha mulher preparou-me uma mala para três dias, mas espero não precisar”.
A ortodoxia dos Eleitos, já dizia o autor best-seller do New York Times, John Mcwhorter, não cessará de executar a “caça as bruxas” a quem não prega os seus evangelhos e não tem cuidado com as palavras
Até já seria estranho se a turma woke se abstivesse de condenar este irrelevante apontamento quanto ao tema dos incêndios. Procederam à sua arte performativa condescendente e inconsequente, dotada de sabedoria superior e intransigente, e começaram a apontar dedos ao Ministro “incompetente”, que deve delegar na esposa todas as tarefas domésticas e agora é rotulado de machista.
A irrelevância deste assunto tão mesquinho e idiota no meio deste acontecimento devastador que já tomou proporções assustadoras, obrigando-nos até a pedir auxílio junto da União Europeia, torna as discussões do panorama político-social ridículas, protagonizado também por Joana Mortágua, na rede social X.
A ortodoxia dos Eleitos, já dizia o autor best-seller do New York Times, John Mcwhorter, não cessará de executar a “caça as bruxas” a quem não prega os seus evangelhos e não tem cuidado com as palavras. Sujeita estes hereges ao tribunal de prelados, ostracizando-os sempre que possível. A escapatória é professar ativamente a teoria crítica em matéria de raça, género, orientação sexual e identidade de género para ver quem é (o mais) suficientemente feminista, no caso.
O problema não parece ser os valores dos wokistas, mas o seu modus operandi, disfarçado de ativismo político e que, no final, é incontestavelmente inútil.
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