A mudança da hora é um hábito que marca duas vezes por ano o quotidiano dos portugueses, ainda que suscite sempre a mesma dúvida: adianta-se ou atrasa-se o relógio? Este ano, à semelhança do que acontece sempre, Portugal ajusta os ponteiros tanto no inverno como no verão, em datas definidas por diretivas europeias que pretendem alinhar horários com a luz solar disponível.
De acordo com o site do banco Santander, a mudança para o horário de inverno realiza-se no último domingo de outubro. Neste ano será a 26 de outubro, quando, às 2 h, os relógios devem ser atrasados para a 1 h. Já nos Açores, devido ao fuso horário diferente, o ajuste acontece uma hora antes, passando os relógios da 1 h para a meia-noite.
O ajuste de março e o impacto no dia a dia
Em contrapartida, a mudança para o horário de verão ocorreu no último domingo de março. Este ano, a data foi 30 de março e, nessa madrugada, à 1 h, os ponteiros avançaram para as 2 h. Segundo a mesma fonte, nos Açores o processo aconteceu uma hora antes, passando da meia-noite para a 1 h.
Estas alterações não são apenas um exercício de rotina. Têm origem num objetivo histórico de melhor aproveitamento da luz solar. Conforme explica o banco Santander, no inverno o atraso dos relógios procura fazer coincidir as horas de sol com as atividades diárias. Já no verão, ao adiantar-se uma hora, garante-se mais tempo de luz natural nas tardes e noites, reduzindo-se assim a necessidade de consumo energético.
Uma prática com mais de um século
A prática de mudar a hora remonta à Primeira Guerra Mundial, quando vários países europeus implementaram esta medida como forma de poupança de energia. Escreve a mesma fonte que, desde então, o sistema foi sendo ajustado e adotado em diferentes países, mantendo-se como uma convenção regulada pela União Europeia.
Nos últimos anos têm existido debates em Bruxelas sobre a possibilidade de abolir esta prática. Em 2018 a Comissão Europeia chegou a propor o fim da mudança da hora, deixando aos países a escolha de manterem-se permanentemente no horário de verão ou de inverno. No entanto, refere a mesma fonte, a proposta não avançou e os relógios continuam a ser ajustados todos os anos.
O que esperar nos próximos anos?
Sabe-se que o calendário das mudanças mantém-se estável. Acrescenta a publicação que, no último domingo de março, Portugal Continental e Madeira devem adiantar uma hora, passando da 1 h para as 2 h, enquanto nos Açores o ajuste decorre uma hora antes. Já no último domingo de outubro, em plena madrugada, o processo inverte-se: às 2 h os relógios voltam a marcar 1 h em Portugal Continental e Madeira; e à 1 h recuam para a meia-noite nos Açores.
Assim, até decisão em contrário, o ritual de ajustar os ponteiros mantém-se presente, acompanhando os ciclos da luz solar e o enquadramento europeu.
















