Se está a ponderar mudar para a DIGI, há dados recentes que ajudam a contextualizar o primeiro ano da operadora no mercado nacional. O retrato é marcado por forte adesão de clientes e por desafios operacionais que afetaram a experiência de parte dos utilizadores.
Um ano sob escrutínio
De novembro de 2024 a novembro de 2025, o Portal da Queixa registou 2.860 reclamações relacionadas com a marca, refere o Jornal Económico. A análise associa este volume à combinação entre rápido crescimento comercial e dificuldades na operação, sobretudo na rede e no atendimento.
O período mais crítico ocorreu entre janeiro e abril de 2025, coincidindo com a integração da carteira de clientes da Nowo. Em fevereiro e abril verificaram-se picos de 424 e 585 queixas, respetivamente, com incidência em portabilidades, falhas de serviço e interrupções durante a migração.
Onde estão os principais problemas
Cerca de 70% das reclamações dizem respeito a rede e qualidade de serviço, refletindo quebras, instabilidade ou desempenho abaixo do esperado. Já 12,79% apontam falhas no atendimento ao cliente e 13,08% relacionam-se com questões de faturação.
Apesar do contexto, o Índice de Satisfação manteve-se em patamares medianos, entre 53,1 e 64,1 pontos em 100 ao longo do ano. Este indicador sugere resiliência da marca mesmo perante um volume elevado de ocorrências reportadas.
Quem mais reclamou e onde
O perfil do reclamante é maioritariamente masculino (72,55%) e urbano (59,44%), com idades entre 35 e 54 anos (55,25%). A concentração geográfica incide sobretudo nos distritos de Lisboa, Porto e Setúbal, zonas com elevada penetração de serviços e forte dependência de conectividade.
Trata-se de um consumidor economicamente ativo e com baixa tolerância a falhas que impactem trabalho e acesso digital. Este enquadramento ajuda a explicar a sensibilidade a interrupções e a rapidez com que os problemas são reportados.
Impacto no segmento low-cost
A entrada da marca desencadeou um efeito dominó no segmento low-cost, tornando a DIGI a operadora mais pesquisada no Portal da Queixa. No mesmo período, foi responsável por quase 75% das reclamações do segmento e coincidiu com um aumento superior a 1.700% nas queixas dirigidas a este mercado.
Para quem pondera mudar para a DIGI, estes números oferecem contexto sobre a fase de arranque e sobre os pontos críticos mais referidos pelos clientes. A leitura do histórico ajuda a calibrar expectativas e a avaliar a proposta de valor face às necessidades de cada utilizador.
















