A escolha das pastas de dentes é, muitas vezes, feita com base em promessas de brancura, ingredientes “naturais” ou fórmulas alternativas. Mas será que todas as opções são realmente benéficas para a saúde oral? Nem sempre. Uma dentista norte-americana revelou quais os produtos que evita, e os motivos justificam atenção.
De acordo com o HuffPost, a especialista Whitney DiFoggio, conhecida por divulgar conteúdos de educação oral, identifica três tipos de pastas de dentes que não usa e que, segundo a própria, os consumidores também deveriam evitar.
Pasta com carvão ativado: aparência não é tudo
Segundo a mesma fonte, as pastas com carvão ativado são das mais populares nos últimos anos, impulsionadas pela promessa de dentes mais brancos.
Contudo, a especialista alerta para os riscos associados a este ingrediente abrasivo.
“Embora possa deixar os dentes mais brancos no início, o carvão é abrasivo e pode desgastar o esmalte. É um caminho rápido para a sensibilidade e descoloração”, afirmou Whitney DiFoggio ao HuffPost.
O desgaste do esmalte é irreversível e pode comprometer a proteção natural dos dentes, tornando-os mais vulneráveis a cáries e erosão.
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Pastas branqueadoras podem agravar a sensibilidade
Refere a mesma fonte que as pastas branqueadoras tradicionais também são de evitar.
Apesar de prometerem um sorriso mais brilhante, tendem a causar aumento da sensibilidade dentária, sobretudo com o uso prolongado.
Segundo a dentista, os agentes químicos presentes neste tipo de pasta podem irritar os tecidos da boca e tornar a escovagem desconfortável, afetando até a frequência da higiene oral.
Pastas sem flúor: um erro cada vez mais comum
Um dos conselhos mais claros deixados pela profissional de saúde oral prende-se com a utilização de pastas sem flúor.
Conforme explica ao HuffPost, o flúor é um elemento fundamental na prevenção de cáries e na remineralização do esmalte.
“O flúor é seguro, eficaz e ajuda a remineralizar o esmalte onde as cáries iniciais estão a formar-se”, acrescenta DiFoggio, salientando que a sua ausência reduz significativamente a proteção dos dentes.
Escolher bem para prevenir problemas maiores
A dentista sublinha que é importante escolher uma pasta de dentes com base em evidência científica e não apenas em tendências de mercado ou alegações de marketing.
Pastas “naturais” ou “sem químicos” podem dar uma falsa sensação de segurança, mas não proteger adequadamente a saúde oral.
Escreve o HuffPost que o essencial é garantir que o produto utilizado contribui de forma comprovada para a prevenção de problemas dentários.
Consultar o dentista é sempre o melhor ponto de partida
A escolha da pasta de dentes ideal deve considerar as necessidades específicas de cada pessoa.
Quem tem historial de cáries, sensibilidade ou gengivite deve procurar aconselhamento profissional antes de optar por uma fórmula diferente.
Segundo a mesma fonte, utilizar uma pasta adequada é um dos passos mais simples e eficazes para manter uma boa saúde oral e, como demonstra este alerta, também um dos mais subestimados.
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