A apresentadora de televisão e empresária, Cristina Ferreira, voltou a dar sinais da sua ligação ao mundo rural. Numa imagem partilhada nas suas redes sociais, a apresentadora revelou uma parte da sua rotina fora do estúdio, evidenciando um lado mais próximo da terra e do cultivo.
De acordo com a sua conta oficial de Instagram, Cristina Ferreira exibiu um balde cheio de feijão-verde colhido diretamente da sua horta. A acompanhar a fotografia, escreveu apenas: “feijão-verde da horta”, deixando claro o orgulho no resultado da plantação.
Da semente à vagem: o ciclo do feijoeiro
O feijão-verde provém da planta Phaseolus vulgaris L., também conhecida como feijoeiro. Trata-se de uma cultura que prefere climas quentes e solos bem drenados, profundos e ligeiramente ácidos, com um pH entre 6,0 e 6,5. Segundo O blog A Cientista Agrícola revela que o ciclo do feijão-verde é mais curto do que o do feijão seco, o que permite colheitas escalonadas consoante as necessidades do produtor.
Conforme a mesma fonte, há variedades rasteiras e de trepar, sendo estas últimas dependentes de suportes, como canas, redes ou fios. As vagens podem ter formas e cores distintas, mas é durante os meses de verão que, normalmente, se faz a colheita.
Como plantar e colher
A cultura do feijão-verde instala-se, preferencialmente, através de sementeira direta em local definitivo, entre março e junho. Segundo A Cientista Agrícola, recomenda-se a colocação de uma ou duas sementes por “covinha”, com uma profundidade de cerca de três centímetros. A germinação ocorre por norma ao oitavo dia.
Após o surgimento das primeiras folhas verdadeiras, a rega torna-se essencial, sobretudo nas fases iniciais e durante a floração. O stress hídrico pode comprometer o desenvolvimento da planta e, por consequência, a produtividade.
Os tutores e a importância da desponta
Para as variedades de feijão-verde de trepar, o uso de tutores é imprescindível. Conforme explica o blog A Cientista Agrícola, as canas são uma das opções mais utilizadas. À medida que a planta cresce, é recomendada a realização da desponta, o corte da extremidade superior da planta, para controlar o crescimento vertical e estimular o desenvolvimento lateral.
Benefícios nutricionais do feijão-verde
Em termos de composição, o feijão-verde é um alimento com elevado teor em água, baixo valor calórico e rico em fibras. De acordo com o Continente, este legume contribui para a saúde cardiovascular graças à presença de ácido fólico, potássio e magnésio. É ainda benéfico para a saúde óssea, por conter vitamina K, cálcio e fósforo.
A mesma fonte sublinha o papel do feijão-verde no reforço do sistema imunitário, graças às vitaminas A e C, além de possuir propriedades antioxidantes atribuídas ao seu conteúdo em carotenoides. Sublinha ainda o Continente que este legume é um hortícola com baixo valor energético e muita fibra, o que é vantajoso para quem pretende perder ou manter o seu peso.
Do prato à horta, sem intervalo
Por se tratar de um produto com baixa capacidade de conservação, o ideal é que o feijão-verde seja consumido logo após a colheita. O método mais comum de preservação é o congelamento, mas segundo A Cientista Agrícola, o ideal é que vá diretamente da horta ao prato.
É este o gesto que Cristina Ferreira terá concretizado com a colheita que partilhou: colher, mostrar e consumir. Um momento que, embora breve, revela uma prática cada vez mais valorizada entre figuras públicas: a da autossuficiência alimentar, ainda que em pequena escala.
Entre caracóis, lesmas e fertilizantes caseiros
Apesar da sua resistência natural, o feijão-verde pode ser alvo de pragas como caracóis e lesmas. O portal A Cientista Agrícola refere que, em termos nutricionais, o feijoeiro não é exigente. A utilização de adubo orgânico, incorporado no solo antes da sementeira, pode ser suficiente para garantir o crescimento saudável da planta.
Da terra para a rede social
Ao mostrar um simples balde com feijão-verde, Cristina Ferreira não partilhou apenas uma imagem. Partilhou também uma ligação à terra, ao tempo e à espera que o cultivo exige. Uma publicação que liga o digital ao rural, onde cada vagem representa não só um alimento, mas também uma escolha de vida.
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