A companhia aérea Ryanair confirmou na terça-feira, dia 8 de abril, que avançou com um processo judicial na Polónia contra um passageiro que provocou a interrupção de um voo entre Berlim e Marrakesh, no passado dia 9 de janeiro. A empresa exige uma indemnização superior a 3 mil euros pelos prejuízos causados.
Segundo a Ryanair, o “comportamento indesculpável” do passageiro, como foi classificado segundo o Tribuna de Imprensa, obrigou o avião a alterar a rota e a aterrar em Sevilha, Espanha, onde o indivíduo foi desembarcado. Esta situação causou perturbações desnecessárias aos 170 passageiros e seis tripulantes que seguiam a bordo.
O que disse a Ryanair
“É totalmente inaceitável que passageiros que trabalharam arduamente para aproveitar uma viagem com amigos ou familiares sejam privados desse prazer por causa da má conduta de uma única pessoa”, declarou a empresa num comunicado oficial, segundo a Aeroin.
Banido por 5 anos
A companhia aérea impôs ainda ao passageiro um banimento de cinco anos em todos os seus voos e apresentou queixa às autoridades espanholas, nomeadamente à Guardia Civil. A Ryanair reafirmou o seu compromisso com a segurança e o respeito durante os voos, lembrando que mantém uma política de tolerância zero face a comportamentos indisciplinados a bordo.
Num comunicado adicional, um porta-voz da empresa sublinhou: “É inaceitável que passageiros sofram transtornos desnecessários devido à conduta de um passageiro desordeiro. Infelizmente, foi o que ocorreu neste voo de Berlim a Marrakesh, que precisou de ser desviado para Sevilha, gerando um prejuízo de 3 mil euros.”
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Fazer deste caso exemplo
A ação judicial tem como objetivo recuperar os custos provocados pela alteração da rota e servir de exemplo para evitar situações semelhantes no futuro. “Esse caso demonstra apenas uma das muitas consequências que passageiros que perturbam voos podem enfrentar, dentro da nossa política de tolerância zero”, acrescentou o porta-voz.
A companhia espera que esta medida contribua para desincentivar comportamentos irresponsáveis a bordo, assegurando uma viagem tranquila e segura para todos os passageiros. Relembrou ainda que situações como esta não só afetam diretamente os restantes passageiros e a tripulação, como também geram atrasos e custos logísticos elevados.
Nos últimos anos, o número de incidentes envolvendo passageiros indisciplinados tem aumentado, o que levou várias companhias aéreas a reforçarem as suas medidas de segurança e a endurecerem as penalizações.
Custos de um desvio
O desvio de um voo implica custos operacionais elevados, desde combustível extra, taxas aeroportuárias inesperadas, até à reorganização de escalas e reservas.
Com esta ação, a Ryanair pretende mostrar que não tolerará atitudes que coloquem em causa a tranquilidade e segurança dos seus voos. A transportadora irlandesa reforça assim a importância do comportamento responsável dos passageiros, sobretudo num contexto em que o número de viajantes continua a crescer.
Nota: é importante realçar que em nenhuma fonte se encontra especificado pelos canais oficiais da Ryanair qual foi a natureza deste “comportamento indesculpável” por parte do passageiro, que levou ao desvio do voo e ao banimento do mesmo.
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