A ideia de sair mais cedo do mercado de trabalho é um desejo partilhado por muitos portugueses. Reformar-se antes da idade legal ou liquidar o crédito da casa antes do tempo são metas que parecem distantes, mas que podem estar ao alcance de quem traça um plano e o executa com disciplina. A chave está na organização e na consistência dos pequenos gestos, como poupar algum dinheiro todos os meses.
Saber exatamente quanto tem
Antes de começar a sonhar com a reforma antecipada, é essencial fazer um retrato fiel da situação financeira atual. Isso implica saber, ao cêntimo, quanto dinheiro tem disponível nas contas à ordem, em poupanças, investimentos ou outros ativos.
Este levantamento deve ser o ponto de partida de qualquer plano, refere a Human Resources Portugal. Sem uma noção clara dos recursos disponíveis, é impossível traçar objetivos concretos ou medir progressos de forma realista.
Dar um nome ao objetivo
O passo seguinte é definir uma meta específica. Em vez de pensar apenas em “poupar para a reforma”, o que deve fazer, segundo a mesma fonte, é criar um objetivo com valor, prazo e propósito. Por exemplo, acumular um valor que permita levantar 500 euros por mês durante 20 anos para complementar a pensão da Segurança Social.
Dê um nome ao seu plano, como “Reforma 2044”, e mantenha-o visível. Ao tornar o objetivo mais concreto, será mais fácil manter o foco e a motivação ao longo do tempo.
Começar com pouco, mas começar já
Não é necessário ter grandes quantias para iniciar este caminho. Um simples investimento de 20 euros já representa um primeiro passo. No início, os resultados parecem invisíveis, mas o processo já está em movimento.
A disciplina em manter o esforço de poupança, mesmo com valores baixos, é mais importante do que esperar pelas “melhores condições” para começar. A regularidade vence a hesitação.
Monitorizar o progresso faz a diferença
Rever o plano com frequência é essencial para perceber se está a avançar como previsto. Acompanhar a evolução permite corrigir desvios, ajustar estratégias e reforçar a motivação, refere a fonte acima citada.
Se, por exemplo, já alcançou 15% do objetivo e está 30% mais avançado do que previa nesta fase, é sinal de que o plano está a resultar. Estes marcos ajudam a manter a confiança e o entusiasmo.
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Ajustar o plano à sua realidade
Cada pessoa tem uma vida diferente. Há quem tenha filhos, créditos, encargos fixos altos ou rendimentos variáveis. O plano de poupança deve refletir a sua realidade e não a de outros.
Tal como diz a Human Resources Portugal, é preferível poupar 20 euros por mês com regularidade do que fixar uma meta demasiado ambiciosa e acabar por desistir. O importante é manter a consistência e adaptar o esforço às suas possibilidades.
Evitar comparações e manter o rumo
Olhar para os planos de outras pessoas pode ser útil como inspiração, mas nunca como base de comparação direta. O sucesso está em seguir o seu próprio ritmo, de acordo com os recursos e prioridades que tem.
Comparar-se com quem ganha mais ou tem menos encargos pode gerar frustração desnecessária. O seu progresso deve ser medido apenas com base no ponto onde começou.
O tempo é o seu maior aliado
Quanto mais cedo começar a preparar o futuro, menor será o esforço mensal necessário. A acumulação de poupança funciona de forma exponencial, especialmente se os valores forem aplicados com algum rendimento. Mesmo que faltem muitos anos para a idade da reforma, o tempo é um dos melhores recursos a seu favor, refere a mesma fonte. Começar hoje pode fazer toda a diferença no estilo de vida que poderá ter amanhã.
Pequenos hábitos, grandes resultados
Poupar para a reforma não tem de ser um processo complexo ou pesado. O segredo está em transformar a poupança num hábito automático, como se fosse mais uma despesa mensal, tal como a água ou a luz. Ao longo dos anos, esses pequenos montantes acumulam-se e podem traduzir-se numa ‘almofada’ financeira sólida. Mais do que o valor que se consegue colocar de lado num determinado mês, é a persistência ao longo do tempo que faz realmente a diferença.
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