O aumento gradual dos preços nos supermercados tem sido uma constante para os consumidores portugueses. Esta semana, o cabaz alimentar monitorizado pela DECO Proteste, que inclui 63 produtos essenciais, registou um novo aumento, situando-se nos 225,11€. Embora seja uma subida ligeira de 0,48 cêntimos face à semana anterior, o impacto na carteira das famílias continua a ser sentido.
O preço deste cabaz encontra-se, no entanto, 10,93€ abaixo do registado na primeira semana de 2024. Contudo, a tendência de crescimento afeta vários produtos, com alguns a sofrerem aumentos significativos num curto período. Entre os mais afetados estão os brócolos, cujo preço subiu 49 cêntimos por quilo (um acréscimo de 16%), atingindo os 3,59€ por quilo.
Além dos brócolos, o esparguete e o azeite virgem extra também se destacam nos aumentos. O esparguete registou uma subida de 15% na última semana, enquanto o azeite, cujo preço ronda os 10€ por litro, continua a ser um dos produtos mais afetados pela inflação.
Outro alimento que tem vindo a pressionar o orçamento dos consumidores é a maçã Gala. Desde o início do ano, este fruto tem sofrido uma escalada de preços, posicionando-se agora entre os três produtos com maiores aumentos. Atualmente, a maçã Gala custa 2,36€ por quilo, representando um acréscimo de 19 cêntimos em relação ao preço anterior.
A inflação também não poupa os produtos enlatados e os cereais. O atum em conserva, por exemplo, aumentou 42 cêntimos por unidade, enquanto os flocos de cereais registaram uma subida de 27 cêntimos. No entanto, os preços da carne têm-se mantido relativamente mais estáveis quando comparados com os do peixe. A pescada, um dos produtos mais afetados pela redução de capturas, aproxima-se dos 11€ por quilo, refletindo uma escassez que contribuiu para o aumento do preço.
Entre os produtos que mais têm dado dores de cabeça aos consumidores, o azeite destaca-se. Desde abril de 2023, o preço deste bem essencial tem disparado nos supermercados, fruto de uma conjuntura de inflação generalizada e de desafios na produção agrícola. No entanto, há sinais de que esta tendência poderá inverter-se. “A elevada produção de azeite em Espanha poderá contribuir para uma redução generalizada dos preços”, refere o jornal El Economista, que antevê um alívio nos custos do azeite no futuro próximo.
Os produtores espanhóis estão otimistas quanto ao resultado da colheita deste ano, estimando uma produção entre 1,4 e 1,7 milhões de toneladas. Esta colheita pode fazer com que o preço do azeite desça significativamente, podendo atingir valores próximos de 5€ por litro. Embora esta previsão seja uma luz ao fundo do túnel, para já os consumidores continuam a sentir o peso dos preços elevados nos supermercados.
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