De acordo com o boletim mensal do Mercado dos Combustíveis e GPL da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), “em janeiro, os consumos globais diminuíram 80,3 kton [quilotoneladas] face a dezembro, o que representa um decréscimo de 12,7%”, tendo este recuo ocorrido na gasolina (-16,3%), no GPL (gás de petróleo liquefeito, -15,4%), no gasóleo (-12,4%), e no ‘jet’ (combustível para aviões, -7,41%).
O consumo em janeiro de 2022 foi 22,6% superior (101,6 kton) ao período homólogo de 2021, com aumentos no consumo de ‘jet’ (131,6%), de gasolina (30,4%) e gasóleo (14,3%). Em contraciclo, houve uma redução no consumo de GPL (-14,2%).
Já face ao período homólogo de 2020, o consumo verificado em janeiro de 2022 foi inferior em 93,3 kton, observando-se um decréscimo em todos os produtos derivados: No ‘jet’ (-26,0%), no GPL (-17,9%), na gasolina (-14,6%) e no gasóleo (-10,8%).
A ERSE aponta ainda que, em janeiro, o Preço de Venda ao Público (PVP) médio do gasóleo simples acompanhou “o comportamento do preço do barril de petróleo no mercado internacional”, registando uma subida de 2,9% face ao mês anterior, para 1,624 euros por litro.
Quanto ao PVP médio da gasolina, subiu 2,5%, para 1,762 euros por litro.
Na gasolina, “a componente do PVP de maior expressão corresponde a impostos, que representou em janeiro aproximadamente 55,5% do total da fatura, seguido da cotação e frete (30,7%)”.
Já os custos de operação e margem de comercialização, a incorporação de biocombustíveis, a logística e a constituição de reservas estratégicas “representam, em conjunto, cerca de 13,8% do PVP médio da gasolina simples 95”.
Também no gasóleo, refere a ERSE, “a maior fatia do PVP paga pelo consumidor corresponde à componente de impostos (49,7%), seguida do valor da cotação internacional e frete (34,8%)”.
Quanto aos custos de operação e margem de comercialização, incorporação de biocombustíveis, logística e constituição de reservas estratégicas, “representam, em conjunto, cerca de 15,6% do PVP médio do gasóleo simples”.
Segundo o regulador, os hipermercados “mantêm as ofertas mais competitivas nos combustíveis rodoviários, seguidos pelos operadores do segmento ‘low cost’”.
Braga e Aveiro registaram os preços de gasóleo e gasolina mais baixos, enquanto Bragança, Beja, Faro e Lisboa apresentaram os preços mais altos.