A Administração dos Portos de Sines e do Algarve, S.A. (APS) espera ter em permanência na região um rebocador a partir de Março.
A afirmação foi feita à Agência Lusa por José Pedro Soares, administrador da sociedade anónima que tutela a administração dos três portos e que sucedeu à gestão existente dos portos de Faro e Portimão que era competência do Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, um organismo que se encontrava em processo de extinção.
A chegada do rebocador ao Algarve está assim prevista para dar resposta à primeira escala programada de cruzeiros no Porto de Portimão, agendada para 16 de Março, data em fundeará no estuário do Arade o navio Thomson Majesty.
Portimão espera 33 navios de cruzeiro este ano
Para 2014 estão agendadas para o Porto de Portimão 33 escalas programadas de navios de cruzeiro, de acordo com sítio da Portimão Cruises na internet, e para já “o licenciamento é neste momento uma das ponderações com maior peso”, diz José Pedro Soares que, no entanto, não exclui a hipótese de ser adquirido um rebocador para o Algarve.
A mesma fonte diz que o rebocador servirá os portos de Faro, vocacionado para cargas, e Portimão, mais voltado para os cruzeiros, e que a embarcação pode servir ainda para operações de salvamento e de controlo costeiro.
Investimentos nos portos de Faro e Portimão na calha
A integração dos portos algarvios na Administração do Porto de Sines deverá permitir avançar com os investimentos de dez milhões de euros no porto de Portimão e de quatro milhões no de Faro, anunciados em Agosto passado pelo ministro da Economia, no Algarve.
Segundo José Pedro Soares, os estudos de impacto ambiental prévios à execução das obras deverão avançar de imediato, prevendo-se que demorem entre oito a dez meses, o que significa que as obras previstas para os dois portos só deverão iniciar-se no terreno em 2015.
Os trabalhos a realizar no porto de Portimão incluem a realização de dragagens no canal de navegação, o alargamento do canal e bacia de rotação e o prolongamento do cais, obras que deverão permitir o acesso ao porto de navios de maior porte.
Em Faro está prevista a requalificação do cais, para que dois navios possam operar em simultâneo, o que actualmente não acontece, e também a realização de trabalhos para melhorar a acessibilidade ao canal de navegação.
Recorde-se que de acordo com os dados avançados por Graco Trindade, até recentemente um dos responsáveis pelo Porto de Faro, o aumento de carga movimentada pela infra-estrutura em 2013, cifrou-se nos 30% face ao ano de 2012, tendo fechado o último ano com perto de 400 mil toneladas de movimento.
Parece assim estar resolvido o problema da falta de um rebocador na região que esteve recentemente na origem da situação que levou o Paquete Funchal a não poder atracar em Portimão numa escala de recurso provocada pelo mau tempo registado no mar, como o POSTAL noticiou (VER).
(Com Agência Lusa)