O diretor desportivo da Federação Portuguesa de Natação (FPN), José Machado, descreveu como “perfeitos” os resultados nos Mundiais de natação para pessoas com Síndrome de Down, que hoje terminaram em Albufeira e nos quais Portugal conquistou 32 medalhas.
“Foi um campeonato perfeito”, disse José Machado à agência Lusa, considerando que “os nadadores foram exemplares na forma como encararam a competição, no espírito de equipa e na vontade de chegar mais longe que demonstraram”.
José Machado mostrou-se satisfeito com “o melhor resultado de sempre” e destacou o facto de os 10 nadadores da seleção nacional “terem conquistado medalhas”, bem como os três recordes do Mundo alcançados pelos representantes portugueses.
O diretor desportivo da FPN considerou que, “apesar da ausência de potências como a Austrália”, a “competição está em crescendo”, acrescentando: “Se passarmos para um patamar em que os países comecem a querer levar este tipo de competições para outras competições similares, como os Jogos Paralímpicos, o nível será ainda mais elevado”.
José Machado destacou ainda o facto de nas provas para atletas com Síndrome de Down “o nível de competição ser equiparado e fácil de entender, [uma vez que] os nadadores têm o mesmo tipo de ‘handicap’, o que facilita em termos do próprio espetáculo desportivo”.
Portugal fechou os Mundiais de natação DSISO com um total de 32 medalhas – 12 de ouro, nove de prata e 11 de bronze – superando em larga escala as cinco conquistadas na edição anterior, disputada na Turquia, em 2020.
No quadro de medalhas da competição, Portugal ficou na segunda posição, atrás da Grã-Bretanha, que conseguiu um total de 50 medalhas, e imediatamente à frente do México, que somou 35, mas apenas oito de ouro.
A 10.ª edição do Mundial DSISO de natação adaptada e natação artística, na qual Vicente Pereira foi o mais medalhado com 13 subidas ao pódio, juntou em Albufeira cerca de 200 atletas, de 24 países.
Na natação adaptada para pessoas com Síndrome de Down, os atletas competem divididos em duas classes, consoante o grau da doença, de origem genética e da área da deficiência intelectual.