António Zambujo apresenta-se na noite do próximo sábado, às 21:30, no palco do Auditório Municipal de Olhão. Estará acompanhado por outros seis músicos, num espetáculo que servirá para dar a conhecer o seu oitavo álbum, “Do Avesso”, mas onde também não faltarão temas mais antigos conhecidos de todos ou canções do seu mais recente trabalho discográfico.
“Do Avesso” é o oitavo álbum de António Zambujo que, à semelhança dos seus discos anteriores, foi apresentado em palcos do mundo inteiro e chega agora a Olhão. O músico apresenta-se no Auditório Municipal ao lado de Bernardo Couto (guitarra portuguesa), Diogo Costa (contrabaixo), João Moreira (trompetes), José Conde (clarinetes), Luís Figueiredo (piano) e Nuno Rafael (guitarras e percussão).
Zambujo, com este trabalho, voltou a reinventar-se e alargou as fronteiras da sua linguagem musical, recorrendo à participação da Orquestra Sinfonietta de Lisboa e ao contributo de três dos mais talentosos músicos e produtores nacionais: Filipe Melo, Nuno Rafael e João Moreira (estes dois últimos também o acompanham nesta noite em Olhão).
Este espetáculo, que conta com os sete músicos em palco, convida o público “a celebrar as canções deste ‘Do Avesso’, bem como a conhecer novos arranjos dos temas que já se tornaram clássicos na carreira de Zambujo”.
Neste espetáculo, haverá ainda tempo para a apresentação de algumas canções do seu novo trabalho discográfico. Editado em abril deste ano, Voz e Violão, inspira-se no nome de um dos discos da sua (e da nossa) vida, João Voz e Violão, álbum de João Gilberto editado em 1999, e volta, nada acidentalmente, ao essencial.
Natural de Beja, António Zambujo é um dos maiores artistas, autores e intérpretes contemporâneos da música e da língua portuguesas, e um dos seus mais notáveis embaixadores no mundo. Na infância passada no Alentejo, António Zambujo cresceu com forte ligação à música: começou por estudar clarinete com apenas oito anos, mas foi sobretudo a tradição viva do cante alentejano e do fado que o fizeram músico.
Cada canção de Zambujo conta uma história, tal como cada álbum é, em si, uma história. Com Do Avesso voltou a reinventar-se, recorrendo à participação da Orquestra Sinfonietta de Lisboa, o que lhe valeu o Prémio José Afonso 2019, por representar “não só a continuação do percurso extremamente coerente de António Zambujo, mas também um ponto alto pela confirmação das suas qualidades interpretativas e a grande inspiração criativa que revela”.
Há poucos lugares no planeta que não tiveram ainda o privilégio de já terem ouvido a voz de António Zambujo ao vivo. Com tantos mundos dentro do seu mundo, quer se apresente rodeado de músicos ou apenas acompanhado pela sua guitarra, é sempre, como já disse Caetano Veloso, “de arrepiar e fazer chorar”.
De acordo com as orientações da DGS, no interior do Auditório é obrigatório o uso de máscara e a desinfeção das mãos. Entre as medidas de controlo da pandemia de covid-19 que entram em vigor no dia 1 de dezembro, conta-se também a apresentação obrigatória de certificado digital.