O auditório do Centro Cultural de Lagos passou a chamar-se Auditório Duval Pestana, tendo sido descerrada uma placa evocativa desta homenagem prestada a este professor e homem de teatro, pelos muitos amigos, ex-alunos e pelo Câmara de Lagos, que se associou a esta iniciativa.
Na cerimónia, que decorreu no passado sábado, e onde se recordou a vida e obra de Duval Pestana, professor de teatro, encenador e grande impulsionador das artes de palco no concelho de Lagos, foi descerrada a placa “Auditório Duval Pestana”, suporte que integra um texto de um dos seus amigos de longa data, o professor e escritor José Miranda Justo.
A placa foi descerrada pela vereadora da Cultura da Câmara de Lagos, Maria Fernanda Afonso, e pelos amigos e ex-alunos Neusa Dias e Micael Espinha, numa cerimónia que contou com a presença de mais de uma centena de pessoas que não quiseram deixar de estar presentes nesta homenagem.
Maria Fernanda Afonso deixou algumas palavras neste momento em que recordou o seu colega, “e principalmente amigo”, Duval Pestana. Também o realizador e ex-aluno do TeatrOficina, Micael Espinha, lembrou o “percurso” desta iniciativa, apresentada ao executivo municipal no final do ano passado, e que desde a primeira hora contou com o apoio da autarquia. Recordando que “a experiência do Teatro mudou radicalmente a vida de muitos jovens, oferecendo-lhes ferramentas que se revelaram essenciais para o mergulho, por vezes tão difícil, na vida adulta”, o realizador e ex-aluno de Duval terminou convicto de que “o Mestre Duval Pestana descansa, mas deixou-nos um legado que nos convida a continuar essa batalha interminável contra a dormência cultural e afectiva que nos assalta nos dias de hoje”.
O programa da iniciativa integrou igualmente leituras dramáticas, apresentadas no palco do Auditório Duval Pestana, que recordaram excertos de textos dramáticos levados à cena pelo homenageado com destaque para os autores da sua maior preferência.
Na cafetaria do Centro Cultural de Lagos, espaço onde tantas vezes se encontrava Duval Pestana, houve a possibilidade de (re)ver imagens do homenageado e retratadas por Francisco Castelo e Pedro Noel da Luz, fotógrafos que acompanharam em diferentes momentos o professor e os seus trabalhos em teatro.