A explicação é simples: o que geralmente chamamos de termómetro do carro, na verdade, não é um termómetro.
Já questionou as medições de temperatura exibidas no seu carro e duvidou dos valores apresentados? Isso ocorre porque o que comumente chamamos de termómetro do carro é, na realidade, um dispositivo conhecido como “termístor”.
Segundo o Motor 24, trata-se de um semicondutor sensível às variações de temperatura, que realiza medições com base nas alterações na corrente elétrica causadas por essas variações, explica o Washington Post. Por outras palavras, o seu funcionamento difere dos termómetros tradicionais nos quais o mercúrio líquido se expande ou contrai, movendo-se para cima ou para baixo na escala e proporcionando leituras mais precisas.
O termístor, presente em praticamente todos os modelos modernos, está localizado na grelha dianteira, o que explica a falta de precisão nas indicações exibidas no interior do veículo.
A sua posição significa que capta o calor irradiado pelo asfalto, resultando em desvios. Por isso, é possível observar que, ao pegar no carro e conduzir em autoestradas a velocidades mais elevadas, os valores de temperatura tendem a diminuir.
Os termístores do carro oferecem uma representação mais precisa da temperatura do ar durante a noite em comparação com o dia, uma vez que o calor do sol não está a ser “refletido” nas superfícies da estrada. Da mesma forma, em dias nublados, a leitura desses dispositivos será mais exata do que em dias ensolarados, pelas mesmas razões.
Em resumo, o que comumente chamamos de termómetro no carro é, na verdade, um termístor. Este dispositivo, sensível às variações de temperatura, utiliza mudanças na corrente elétrica para realizar medições, diferindo dos termómetros tradicionais. Está localizado na grelha dianteira, a sua sensibilidade ao calor irradiado pelo asfalto pode causar desvios nas leituras, especialmente em altas velocidades. Apesar disso, os termístores oferecem uma representação mais precisa da temperatura durante a noite e em dias nublados.
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