No que toca à segurança rodoviária, um gesto simples pode fazer toda a diferença em situações de risco: o uso do cinto de segurança. Este dispositivo, por vezes subestimado, não só salva vidas como a sua não utilização é punível por lei. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o cinto de segurança reduz o risco de morte em acidentes rodoviários em cerca de 70%. No entanto, muitos ainda ignoram a sua utilização, colocando-se em perigo. Em 2022, o Instituto da Mobilidade e dos Transportes Terrestres (IMTT) revelou que 51% dos ocupantes de veículos envolvidos em acidentes mortais em Portugal não usavam cinto de segurança.
Apesar de ser visto por alguns como desconfortável ou desnecessário, o cinto é fundamental para proteger os ocupantes do veículo, prevenindo lesões graves em caso de colisão. Evita ferimentos na cabeça, pescoço, coluna e órgãos internos, mantendo os passageiros seguros e no seu devido lugar.
O cinto de segurança é um dispositivo essencial na prevenção de lesões graves em acidentes. Em caso de colisão, evita que os ocupantes sejam projetados, reduzindo o risco de traumatismos e fraturas. O IMTT indicou que, em 2022, 92% das vítimas de acidentes mortais que usavam cinto de segurança sobreviveram.
Além disso, protege em diversos tipos de acidentes, como colisões frontais, laterais, traseiras e capotamentos, ao manter os ocupantes seguros no interior do veículo.
Para garantir máxima eficácia, a faixa diagonal deve passar pelo centro do ombro, sem tocar no pescoço, enquanto a faixa abdominal deve ser posicionada na parte inferior do abdómen, em contacto com a pélvis. Ambas as partes devem ser utilizadas corretamente, sem folgas.
O que diz a lei portuguesa
O artigo 82.º do Decreto-Lei n.º 170-A/2014 determina que condutores e passageiros são obrigados a usar o cinto de segurança, tanto nos bancos da frente como nos de trás, em veículos matriculados após 27 de maio de 1990. Quanto a crianças, as que medem menos de 1,35 m devem usar sistemas de retenção adequados ao seu tamanho e peso. Passageiros de veículos pesados também devem utilizar o cinto durante a viagem.
Estão isentos do uso de cinto de segurança, segundo a Portaria n.º 311-A/2005:
- Veículos agrícolas e máquinas industriais;
- Veículos ligeiros de passageiros matriculados antes de 1966;
- Passageiros com atestado médico de isenção;
- Condutores de veículos de emergência e táxis dentro das localidades.
Dicas para o uso correto do cinto, segundo a Carglass:
- Posição correta: a faixa deve cruzar o peito e o ombro, sem tocar no pescoço.
- Ajuste adequado: deve estar firme, mas confortável, sem folgas.
- Inspeção regular: verifique sinais de desgaste e substitua, se necessário.
- Exemplo a seguir: condutores devem dar o exemplo usando sempre o cinto.
Usar o cinto de segurança é um hábito simples, mas essencial para a segurança de todos. Respeite a lei e proteja a sua vida e a dos seus passageiros.
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