Conduzir com apenas uma mão no volante é uma prática comum entre muitos condutores, seja por hábito, conforto ou para realizar outras tarefas durante a condução. No entanto, esta prática pode comprometer a segurança rodoviária e, em determinadas circunstâncias, resultar em sanções legais. Saiba mais neste artigo.
O Código da Estrada português não especifica diretamente a obrigatoriedade de conduzir com ambas as mãos no volante para condutores de automóveis. Contudo, exige que o condutor mantenha o controlo permanente do veículo e evite comportamentos que possam pôr em risco a segurança rodoviária. Atividades como utilizar o telemóvel, fumar ou ajustar o rádio podem distrair o condutor e reduzir a sua capacidade de resposta a situações imprevistas na via. Estas ações podem ser interpretadas como condução negligente, passível de coimas e outras penalizações.
Para motociclistas, ciclomotoristas e ciclistas, o Código da Estrada é mais explícito. O Artigo 90.º estabelece que estes condutores não podem conduzir com as mãos fora do guiador, exceto para sinalizar manobras. O incumprimento desta regra constitui uma infração sancionada com coima de 60 a 300 euros; no caso de ciclistas, a coima varia entre 30 e 150 euros.
Além das implicações legais, conduzir com uma só mão pode afetar significativamente a segurança. A condução exige uma postura adequada, com ambas as mãos no volante, permitindo uma resposta rápida e eficaz a imprevistos. Manter apenas uma mão no volante reduz o controlo sobre o veículo, aumentando o risco de acidentes. Atividades como manusear o GPS, segurar um cigarro ou apoiar o braço na janela podem parecer inofensivas, mas comprometem a atenção e a capacidade de reação do condutor.
Portanto, embora não exista uma proibição explícita para condutores de automóveis em relação à condução com uma só mão, é fundamental adotar práticas que garantam o controlo total do veículo e a máxima atenção à estrada. Independentemente do tipo de veículo, a segurança rodoviária deve ser sempre uma prioridade, evitando comportamentos que possam comprometer a integridade de todos os utilizadores da via.
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