Já há muito tempo que se acredita que conduzir em ponto morto pode efetivamente ajudar a poupar combustível. No entanto, o tempo passou, a tecnologia automóvel evoluiu e esta ideia atualmente não passa de um mito. Tudo por causa da introdução da injeção eletrónica.
Para se perceber o porquê de conduzir em ponto morto não contribuir para a poupança de gasolina, há que compreender algumas noções de mecânica automóvel, com destaque para a injeção eletrónica. A sua principal função é controlar a quantidade de ar e combustível utilizada pelo motor, tal como assegura a Caetano Retail.
Se o seu carro tiver um mostrador de consumo em tempo real, repare que se estiver em movimento, com uma mudança engrenada e sem acelerar, o consumo automóvel será zero. Isto porque o sistema de injeção eletrónica vai cortar a injeção do combustível no motor.
Pelo contrário, se estiver em ponto morto, o motor vai precisar de mais combustível para continuar a funcionar, pelo que o consumo vai ser mais elevado do que se tiver uma mudança engrenada.
Conduzir em ponto morto não é seguro
A somar ao facto de consumir mais combustível, conduzir em ponto morto não é seguro para o condutor e para os passageiros. Em primeiro lugar, se estiver em ponto morto numa descida vai perder algum controlo do veículo, sem esquecer que o seu tempo de reação será maior.
O desgaste prematuro dos discos de travão é também consequência de conduzir em ponto morto, já que os seus travões podem sobreaquecer, comprometendo o seu funcionamento.
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