A reabertura das creches, a partir do dia 18 de maio, tem levado os portugueses a criticarem a atitude do Governo e da Direção-Geral de Saúde.
Alguns pais e encarregados de educação, alegam que é muito cedo para a reabertura das creches e também que as medidas de proteção são quase impossíveis de serem cumpridas, uma vez que as crianças são muito pequenas.
Entre as propostas do Governo e da DGS, estão manter uma distância física de dois metros entre cada criança e impedir que possam interagir entre si, evitar o toque em superfícies, dispor mesas em linha ou crianças colocadas de costas umas para as outras, evitar a partilha de brinquedos e outros objetos.
Graça Freitas afirmou hoje que as creches são “um sítio para brincar” e as crianças são “muito pequeninas e, portanto, não é possível” impor-lhes regras de comportamento. Contudo, “Temos que pensar nos meninos que têm características próprias e direito ao seu desenvolvimento e à sua brincadeira e adultos têm de criar regras que minimizem o cruzamento entre determinados objetos, equipamentos e depois no cruzamento entre muitas crianças ao mesmo tempo”, acrescentou a diretora-geral da Saúde na conferência de imprensa diária.
O desagrado de pais e encarregados de educação, levou à criação de uma petição pública, com o mote “Encerramento de creches e pré escolar até Setembro 2020”. Pode ler-se no site que “abrindo as creches e pré escolar, crianças dos 0-6 anos não têm condições, dado o seu desenvolvimento psico social, para manter as medidas sanitárias impostas pelo sistema nacional de saúde e adequadas a este momento de pandemia”.
A petição conta, até agora, com mais de cinco mil assinaturas. Será apresentada ao Ministério da Saúde e Ministério da Educação.
Segundo o boletim epidemiológico divulgado hoje pela Direção Geral da Saúde, Portugal regista hoje 1.144 mortes relacionadas com a covid-19, mais nove do que no domingo, e 27.679 infetados, mais 98.
RELACIONADO:
Maioria das crianças não regressa à creche dia 18 de maio, alerta Associação
Creches e amas devem reduzir crianças por sala mas sem comprometer atividades
DGS diz que cabe aos adultos fazer tudo para reduzir riscos nas creches
