A Eurocidade do Guadiana será palco da Feira Transfronteiriça de Arte Contemporânea, entre 6 e 9 de fevereiro. Este evento reúne artistas portugueses e espanhóis, promovendo um intercâmbio cultural entre os dois países. Além da feira, serão realizadas duas exposições paralelas em Vila Real de Santo António e Ayamonte, com obras de artistas consagrados como Pablo Picasso, José Caballero, Agatha Ruiz de la Prada e Ceesepe, bem como de reconhecidos fotógrafos espanhóis da virada do século.
A iniciativa, organizada pela Fundação Olontia, contará não apenas com exposições, mas também com concertos, conferências, recitais de poesia, apresentações de livros e visitas culturais, tornando-se um ponto de encontro para apreciadores de arte e cultura contemporânea.
Durante os quatro dias do evento, catorze artistas contemporâneos exibirão as suas obras na Casa do Sal, em Castro Marim. Do lado português, estarão presentes João Pedro Viegas, Julia Labrador, Lindsey Greshan, Filipe de Palma, Filipe Farinha, Pedro Noel da Luz e Pedro Alves da Veiga. Representando Espanha, participam Juan Galán, Noelia Melara, Pedro Rodríguez, Juana Martín, Manuel González Flores, Pilar Lozano Iglesias e Ángel García Roldán. Os trabalhos apresentados incluem pintura, fotografia e videoarte, demonstrando a diversidade e inovação artística da feira.
Entre as exposições paralelas, destaca-se “Passeio pelo Amor e a Morte”, patente no Arquivo Histórico de Vila Real de Santo António. Esta mostra é resultado da colaboração entre o artista multidisciplinar Pablo Sycet, presidente da Fundação Olontia, e o escritor Juan Cobos Wilkins. A exposição reúne obras de nomes ilustres, como Pablo Picasso, José Caballero, Elmyr d’Hory, Lita Mora, Alejandro Gorafe, Quico Rivas, Carlos Alcolea, Ciro Marra, Ceesepe, Miluca Sanz, Rafael Agredano, Agatha Ruiz de la Prada e José Guadalupe Posada.
Já na Casa Grande, em Ayamonte, estará patente a exposição “Rostos e Máscaras”, um percurso visual sobre a transformação da identidade na sociedade espanhola desde os anos 70 até à atualidade. Através das lentes de fotógrafos como César Lucas e Nacho Canut, a mostra apresenta imagens marcantes que refletem a evolução dos costumes e a expressão individual num contexto sociopolítico em mudança.
A exposição documenta momentos-chave da história recente de Espanha, desde a primeira manifestação pelos direitos LGBTQIA+ em 1977 até à consagração de Madrid como Capital Mundial do Orgulho Gay em 2017, celebrando a diversidade e a luta pela liberdade.
A Feira Transfronteiriça de Arte Contemporânea afirma-se assim como um evento de referência na promoção da arte e cultura na região do Guadiana, reforçando os laços entre Portugal e Espanha através da criatividade e expressão artística.
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