



Um pequeno grupo de pessoas reuniu-se este domingo para uma caminhada em Altura, no âmbito do mês da prevenção e luta contra o cancro da mama.
A iniciativa distingue-se também pela promoção de “uma maior consciencialização ambiental, aproveitando-se o percurso para a limpeza das bermas. Este movimento pelo ambiente nasceu de um grupo informal, que deseja um Castro Marim + LIMPO, e as ações têm sido prontamente apoiadas pela Câmara de Castro Marim e pela Junta de Freguesia de Altura”, explica a autarquia castromarinense em comunicado.
“Atendendo ao atual cenário de Pandemia pelo Coronavírus – COVID-19, foram cumpridas todas as medidas de higiene e segurança durante a caminhada, de modo a minimizar os riscos de contágio e seguindo as indicações da DGS”, pode ler-se.
O médico e autarca do Município de Castro Marim, Francisco Amaral, aproveitou a ocasião para lembrar que o cancro não pode ser secundarizado face à pandemia, referindo as “falhas gravíssimas na operacionalização dos cuidados de saúde” que têm decorrido ao longo do último ano e que têm conduzido a que haja diagnósticos que não são feitos, ou a um atraso significativo dos mesmos.
“A luta contra o cancro é uma corrida contra o tempo e estes atrasos diminuem significativamente a taxa de sucesso das terapêuticas. Estamos a assistir a um aumento da mortalidade relacionada com o cancro, enquanto a situação não for corrigida”, sublinhou o autarca, acrescentando que, até à data, centenas de casos de cancro da mama não foram diagnosticados, consequência da paragem de rastreios e do cancelamento de consultas.