Luís Estiveira, empresário português de 58 anos, que estava em fuga, após ter sido condenado a sete anos de prisão por nove crimes de falsificação de documento agravada, foi capturado no Brasil, avança o Portal do Litoral PB.
Segundo a mesma fonte, o homem, foi detido pela Polícia Federal num restaurante no bairro de Manaíra, na cidade de João Pessoa, Brasil, e era “procurado pela justiça portuguesa e com alerta de Difusão Vermelha da Interpol. O mandado de prisão preventiva foi expedido pelo ministro Édson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF)”.
A Polícia Federal informou que a prisão foi realizada com apoio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco/MPPB) e da Polícia Civil da Paraíba.
O empresário será entregue às autoridades brasileiras para ser extraditado para Portugal.
O tribunal de Portimão tinha condenado o homem por utilizar garantias bancárias falsas na aquisição de combustível junto das petrolíferas, através do regime de consignação. Anteriormente, já havia sido condenado pelos mesmos crimes em Faro. O esquema, que ocorreu em 2010 e 2011, foi desmantelado pela Polícia Judiciária (PJ) em 2014.
As garantias bancárias falsificadas, provenientes de um banco local, incluíam o carimbo da instituição bancária e as assinaturas de dois administradores, alegadamente falsificadas pelo arguido. Para conferir maior credibilidade, as garantias foram autenticadas por um notário.
Através deste esquema que contou com a participação de três arguidos, o empresário conseguiu adquirir, da Sopor (atualmente Petrogal) e da CEPSA, aproximadamente um milhão de euros em combustível, cujo fornecimento nunca foi pago, de acordo com o Portal do Litoral PB.
Na altura em que estava a decorrer o julgamento, Luís Estiveira negou veementemente ter falsificado as garantias bancárias, alegando ser vítima de uma conspiração por parte das companhias petrolíferas.
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