O Município de Castro Marim anunciou que pretende avançar com a requalificação, ampliação e modernização da Escola EB 2,3 de Castro Marim, através de uma candidatura ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), num investimento estimado em mais de nove milhões de euros.
A autarquia explica que “se trata de um edifício com mais de 20 anos, que nunca foi alvo de qualquer intervenção”, encontrando-se atualmente “desajustado às metodologias de ensino do presente e do futuro, carecendo de equipamentos, recursos e conforto térmico essenciais”. Por isso, o objetivo é criar “um espaço mais adaptado e capaz de responder às necessidades educativas atuais”.
A proposta inclui a construção de um novo bloco com dois pisos, que permitirá aumentar o número de salas de aula, assim como o reforço estrutural de áreas exteriores. “Está também previsto instalar um elevador e construir novas instalações sanitárias na ala oeste”, adianta o município.
No âmbito desta transformação, as futuras salas de aula serão adaptadas para um ensino mais digital e inovador. “Queremos criar ambientes de aprendizagem modernos, equipados com tecnologia de ponta, que estimulem a atenção dos alunos e favoreçam o sucesso escolar”, sublinha a Câmara Municipal.
A escola contará com um total de 25 salas, com capacidade para 750 alunos, respeitando o limite máximo de 30 alunos por sala. Para além das salas, a intervenção contempla a reorganização de espaços com maior permeabilidade visual, a aplicação de proteções acústicas e a construção de um percurso coberto entre a portaria e o edifício principal, garantindo proteção contra a chuva e sombra em dias de calor.
Em matéria de sustentabilidade, o projeto pretende melhorar em pelo menos 30% o desempenho energético do edifício. “Será instalado um sistema de isolamento térmico, substituídos os caixilhos por soluções mais eficientes e aplicados painéis fotovoltaicos na cobertura, promovendo o uso de energia limpa e renovável”, indica o município. Adicionalmente, os equipamentos sanitários permitirão uma poupança de água estimada entre 80 e 120 mil litros por ano.
No exterior, está previsto um campo de futebol de sete com relva sintética, um campo polidesportivo com marcações para basquetebol, duas quadras de badminton e a instalação de uma horta vertical pedagógica. “A preservação da vegetação existente e a criação de novas zonas verdes com espécies autóctones, adaptadas ao clima e à escassez de água, são parte integrante do projeto”, refere a autarquia.
A substituição da cobertura da escola Escola EB 2,3 é considerada uma das intervenções prioritárias, já que “a atual ainda integra componentes com amianto, representando um risco para a saúde”.
Esta candidatura integra também uma forte componente de inclusão, com a adaptação das infraestruturas para alunos com mobilidade condicionada. O Agrupamento de Escolas de Castro Marim pretende promover “uma escola inclusiva, inovadora e flexível, que responda à diversidade dos alunos e elimine barreiras de acesso ao currículo”.
O Município de Castro Marim destaca ainda que esta intervenção foi considerada urgente no âmbito do Acordo Setorial de Compromisso para o Financiamento do Programa de Recuperação/Reabilitação de Escolas, celebrado em 2022 entre o Governo e a Associação Nacional de Municípios Portugueses. “Esta escola foi identificada como prioritária nesse acordo, sendo essencial avançar com a sua reabilitação”, conclui a autarquia.
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