A Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica de Silves acolhe, até 6 de junho, a instalação artística “E se o Oceano morrer?”, projeto de articulação do 1.º Ciclo com o Pré-escolar, do Agrupamento de Escolas de Silves, que envolveu 28 turmas.
A instalação artística foi inaugurada esta segunda-feira e contou com a presença da presidente da Câmara Municipal de Silves, da coordenadora do Programa Educar para uma Geração Azul (EGA), de alunos, professores, assistentes operacionais e encarregados de educação.
“Os convidados foram recebidos por dois grupos de alunos, em representação de todas as turmas participantes. Estes, com empenho e entusiasmo, declamaram dois poemas, de autoras portuguesas, alusivos ao mar”, refere o Agrupamento de Escolas em comunicado.
A Direção do Agrupamento, representada por Margarida Luz, “saudou todos os convidados e reforçou a importância deste tipo de ações na formação integral dos aluno”, salientando que “sempre existe a intencionalidade de integrar e desenvolver projetos que promovam, como este, a consciência cívica e ambiental dos alunos para a preservação do património natural de proximidade e do planeta”.
Por sua vez, a presidente da Câmara Municipal de Silves, Rosa Palma, enquanto professora de formação, “valorizou e parabenizou todos os professores e alunos envolvidos neste projeto e salientou a importância da colaboração das famílias nestas temáticas”.
A autarca defendeu que “se proteja e valorize aquilo que é nosso, e de como o município tem trabalhado nesse sentido, desde a serra até ao mar” e salientou o facto de no “município existir uma área marinha protegida, a Pedra do Valado, que constitui uma das zonas mais ricas em termos de biodiversidade a nível nacional e o maior recife costeiro do Algarve e um dos maiores de Portugal, com valores naturais ímpares no contexto da costa portuguesa”.
A coordenadora do Programa EGA , Rita Borges, falou sobre “a visão e implementação do Projeto Educar para uma Geração Azul em vários municípios do país”, salientando o facto de “Silves ter sido um dos pioneiro na implementação deste projeto e, por esse motivo, ser notória a grande envolvência da comunidade educativa”.
Rita Borges deu a conhecer a intenção do Ministério da Educação “em alargar o programa a nível nacional, levando a literacia do oceano para dentro de todas as escolas, como parte integrante do currículo, o que seria um passo pioneiro a nível de educação”.”
Por fim, a professora de Desenho da Escola Secundária de Silves, Dilar Neves, “engrandeceu os trabalhos expostos na instalação, do ponto de vista artístico”, salientando o papel da arte “na educação formal e informal e a sua estreita ligação à compreensão e exploração das emoções humanas. Fomentando a ideia de sustentabilidade e de proteção do ambiente”, relembrou que “alunos e professores, à semelhança do artista plástico Bordalo II, com origens familiares em Silves, recorreram à reutilização de materiais na realização dos trabalhos expostos”.
Todos foram convidados a visitar a instalação e a admirar as diversas peças expostas.
No final, aguardava-os um beberete proporcionado pelos alunos do Curso de Bar e Restauração, orientados pelo professor Nuno Cabrita.
“Foi uma tarde onde a preservação do ambiente, as artes e a cidadania se encontraram num só espaço”, conclui o Agrupamento de Escolas de Silves.
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