O mundo nunca quis tanto uma vacina e agora teme-a como a nenhum outro fármaco. Coágulos sanguíneos anómalos e raros foram associados às inoculações e a ciência corre atrás de uma explicação que permita o que em medicina é impossível, ter risco zero.
As teorias estão a surgir e há uma desconcertante: as tromboses invulgares podem ser devidas à proteína spike que todas as vacinas covid têm como alvo.
As doses da AstraZeneca e da Johnson são as visadas pelos relatos adversos mas também existem para a Pfizer e a Moderna, embora sem vítimas mortais.
Ao Expresso, a Agência Europeia de Medicamentos confirmou 35 tromboses cerebrais reportadas à Pfizer a nível mundial, 23 na Europa após 54 milhões de doses, e cinco associadas à Moderna, uma em território europeu entre 4 milhões de administrações.
Juntam-se aos conhecidos casos da AstraZeneca — 62 tromboses dos seios venosos cerebrais e 24 tromboses venosas esplâncnica, 18 fatais, no Espaço Económico Europeu e no Reino Unido entre 25 milhões de vacinados — e da Johnson, com seis fenómenos trombóticos, um fatal, nas 6,8 milhões de inoculações nos EUA.
Os defensores da teoria do antigénio spike concordam com a ideia de reação, mas relacionada com a forma como o vírus infeta. E a diferença na severidade das tromboses associadas às vacinas é atribuída à dita proteína S, em concreto como é ‘injetada’.
Por vector viral, casos da AstraZeneca e da Johnson, a informação sobre a espícula viral é introduzida através de um adenovírus, simulando a infeção e provocando um pico da proteína no sangue.
Já por RNA, Pfizer e Moderna, é enviado material genético que será incorporado nas células humanas para que produzam a proteína progressivamente.
No primeiro método é dada a informação sobre a proteína e no segundo a ordem para a produzir, o que para esta teoria faz toda a diferença.
Notícia exclusiva do nosso parceiro Expresso