Alguns utilizadores da plataforma de alojamento Airbnb estão a reservar quartos na Ucrânia como forma de apoiar monetariamente os seus proprietários e a partilhar as histórias nas redes sociais. A própria plataforma já tinha anunciado ajuda através de alojamento temporário e, esta sexta-feira, sinalizou que vai suspender as suas operações na Rússia e Bielorússia.
O jornal “The Guardian” avança a história de um casal que fez uma reserva para uma semana em Kiev e escreveu nos comentários do alojamento: “Olá Maria, eu a minha esposa acabámos de reservar o seu apartamento por uma semana, mas é claro que não iremos visitá-lo. Isto é apenas para que possa receber algum dinheiro”, ao qual a proprietária do apartamento agradeceu.
A história foi partilhada na rede social Twitter e outros utilizadores disseram ter feito o mesmo e encorajaram outros a seguir as suas pisadas. Na mesma rede social, o diretor executivo do Airbnb, Brian Chesky, partilhou várias histórias semelhantes.
Os utilizadores pediram ainda que o Airbnb reduzisse as suas taxas, que normalmente variam de 3% a 15%, para que os anfitriões ucranianos recebam todos os lucros – algo que, segundo disse fonte da empresa ao jornal, está a acontecer. O mesmo foi confirmado por Chesky no Twitter.
Na Ucrânia o Airbnb contava – pelo menos antes da invasão – com cerca de 300 propriedades, indicou o jornal britânico.
Além da redução das taxas, o Airbnb anunciou, na segunda-feira, que ia disponibilizar alojamento temporário gratuito para até 100.000 refugiados da Ucrânia. “Estas estadias serão financiadas pela Airbnb, por doações para o Fundo para Refugiados da Airbnb.org e pela generosidade dos anfitriões”, revelou a empresa em comunicado.
De acordo com o “The Guardian”, a empresa recebeu, até quinta-feira, mais de 260.000 visitantes na página onde é possível inscrever-se para ser um anfitrião ou doar.
A plataforma de alojamento, que não tem uma grande presença na Rússia, esteve até ao momento a analisar como faria com os seus negócios no país, mas esta sexta-feira o diretor executivo anunciou, no Twitter, que iria suspender toda a operação na Rússia e Bielorússia.
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL