A proposta, já aprovada, estabelece uma taxa turística variável ao longo do ano, fixando-se em dois euros por noite durante a época alta, de 1 de março a 30 de setembro, e um euro na época baixa, de 1 de outubro a 29 de fevereiro.
Em ambas as situações, a taxa será aplicada até ao máximo de sete noites, conforme indicado pela presidente da Câmara de Portimão, Isilda Gomes.
“Neste momento, nós temos tudo aprovado, aguardamos só a publicação. O que vamos cobrar é, na época alta, dois euros por pessoa e na época baixa um euro por pessoa. As crianças até 13 anos não pagam nada. A época alta é de março até setembro e a época baixa, os restantes meses, sendo que o limite de pagamento são sete dias. Estamos a pensar que essa taxa que foi aprovada será publicada dentro de pouco tempo e estamos a apontar para começar a cobrança na época alta, em março”, revela a autarca à TSF.
A presidente da autarquia prevê angariar “alguns milhões” de euros através desta taxa, e afirma que os fundos obtidos serão direcionados para impulsionar o desenvolvimento turístico da cidade.
“Aquilo que nós pretendemos é, primeiro, fazer a divulgação do destino turístico de Portimão como um destino turístico atrativo e atrair cada vez mais outros mercados turísticos para o nosso município e, depois, na melhoria daquilo que nós temos para dar aos nossos turistas, isto é, a melhoria dos espaços verdes, a melhoria dos arruamentos, tudo aquilo que implica termos um destino turístico de qualidade e é isso que pretendemos”, explica, adiantando ainda que o município quer “apoiar eventos de grandes dimensões, que possam ser uma grande mais-valia”, explica.
“Por exemplo, o Moto GP, e com a taxa turística nós conseguiremos dar um apoio mais substancial”, salienta.
Acerca deste assunto, o presidente do Autódromo Internacional do Algarve destaca a relevância da possível alocação de uma parcela da taxa turística para eventos no autódromo.
Paulo Pinheiro refere à mesma fonte que não ouviu Isilda Gomes, no entanto afirma que, “obviamente todos os apoios são cruciais para que o Autódromo do Algarve consiga manter os grandes acontecimentos, nomeadamente o Moto GP”.
Isilda Gomes é da opinião que esta taxa é “extremamente justa”, especialmente considerando que a cidade enfrenta “uma enorme pressão” durante a época de verão.
“Temos de estar preparados, temos de ter um município preparado para no inverno termos 70 ou 60 mil pessoas, mas depois para responder no verão a uma grande pressão que pode ir até quatro vezes mais e isso repercute-se em todos os nossos serviços, nas nossas capacidades de respostas e temos de ter essa capacidade durante todo o ano, para que no verão não nos falte. É extremamente justa esta taxa turística, na medida em que ela vai ser totalmente gasta no âmbito do turismo, é para isso que nós queremos e vamos inclusivamente criar um conselho consultivo para nos ajudar a aplicar esta taxa, para que as pessoas não pensem que a câmara vai precisar daquele dinheiro para as suas funções normais”, defende a autarca.
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