O italiano Francesco Bagnaia (Ducati) manifestou-se hoje “muito feliz” pela vitória no Grande Prémio do Algarve de MotoGP, penúltima prova do Mundial de motociclismo de velocidade, naquela que considerou ter sido uma das suas melhores corridas de MotoGP.
“Estou feliz pela vitória, depois de ter tido uma das partidas mais difíceis da temporada, mas consegui melhorar volta após volta, naquela que julgo ter sido a minha melhor corrida de MotoGP”, afirmou o piloto em conferência de imprensa.
Bagnaia, segundo no Mundial, atrás do já campeão Fabio Quartararo (Yamaha), liderou toda a corrida disputada no Autódromo Internacional do Algarve, em Portimão, e somou o terceiro triunfo da temporada.
O italiano aos comandos de uma Ducati gastou 38.17,720 minutos, para cumprir as 23 voltas ao circuito e deixou o espanhol Joan Mir (Suzuki) e o australiano Jack Miller (Ducati) na segunda e na terceira posições, a 2,478 e 6,402 segundos, respetivamente.
Bagnaia atribui a vitória ao trabalho “fantástico conseguido pela equipa durante o fim de semana no Algarve, tornando a moto mais rápida e competitiva”.
“Gostava de ter terminado com a bandeira xadrez, mas foi importante ter vencido. Correu tudo bem, a equipa fez um trabalho fantástico e eu estou feliz com esta vitória, conseguida numa pista difícil”, apontou.
O espanhol Joan Mir (Suzuki), segundo classificado, disse estar satisfeito com “o lugar no pódio, mas não com o resultado”.
“Estou naturalmente satisfeito pelo segundo lugar, mas não com o resultado porque cometi pequenos erros. Agora é pensar em Valencia”, sublinhou.
Joan Mir endereçou os parabéns a Bagnaia e à equipa da Ducati e disse estar otimista para a última corrida da temporada em Valência (Espanha): “Estou forte e penso fazer coisas melhores em Valência”.
Por seu turno, o australiano Jack Miller (Ducati) terceiro classificado, que terminou a 6,402 segundos, de Francesco Bagnaia, atribuiu o terceiro lugar “a alguma quebra de potência na moto”.
“A meio da corrida comecei a puxar e senti que a moto não respondia como eu queria, o que me fez cair alguns lugares. Recuperei depois, mas a frente da corrida tinha um andamento muito rápido”, apontou.
Contudo, adiantou: “Estou muito feliz pelo trabalho feito pela equipa e agora é pensar em Valência e trabalhar para aparecer mais forte na próxima época e andar entre os primeiros”.
Rossi sai satisfeito de Portimão rumo à despedida em Valência
O italiano Valentino Rossi assumiu hoje a satisfação com o seu desempenho no Grande Prémio do Algarve, a penúltima prova da carreira do sete vezes campeão do mundo da categoria ‘rainha’ do motociclismo de velocidade.
“O primeiro objetivo era chegar aos pontos. Conseguimos alguns. A corrida foi muito rápida, num ritmo bom, comparativamente com os treinos. Segui atrás do meu irmão [Luca Marini], senti-me bem em ir com ele. Acho que poderia atacar, mas a bandeira vermelha impediu. Foi um uma boa corrida”, afirmou o veterano, de 42 anos.
Rossi terminou no 13.º lugar a corrida disputada no Autódromo Internacional do Algarve (AIA), em Portimão, da 17.ª e penúltima corrida do Mundial, que foi interrompida, com bandeira vermelha, depois do acidente na 23.ª das 25 voltas previstas que envolveu o português Miguel Oliveira (KTM) e o espanhol Iker Lecuona (KTM).
O italiano, sete vezes campeão da principal categoria (um em 500cc e seis em MotoGP), uma em 250cc e outra em 125cc, é o ‘rei’ das corridas portuguesas motociclismo de velocidade, somando cinco triunfos no autódromo do Estoril, em 2001, 2002, 2003, 2004 e 2007.
Rossi enalteceu desempenhos dos pilotos da sua ‘academia’ em Portimão, sobretudo o terceiro lugar alcançado por Niccolò Antonelli (KTM) em Moto3.
Questionado sobre a decisão de terminar a carreira, Rossi reconheceu estar a viver uma temporada complicada.
“Tem sido duro. Para mim são muito importantes os resultados, se estás forte, se podes chegar aos cinco primeiros. Eu pensava que ia estar melhor, mas terminar a carreira foi a escolha certa. Estou bem, estou resolvido. Por um lado, é um bocado triste, porque a minha vida vai mudar, mas por outros está bem, sinto-me bem, porque as épocas estão a ser duras e há muita concorrência”, explicou.
Com a classificação de hoje, Rossi subiu ao 20.º lugar do Mundial de pilotos, com os mesmos 38 pontos de Lecuona, tendo subido pela última vez ao pódio em 26 de julho de 2020, quando terminou em terceiro o Grande Prémio da Andaluzia, em Jerez de la Frontera, enquanto a última vitória ocorreu em Assen, nos Países Baixos, em 25 de junho de 2017.
‘Il Dottore’ vai pôr um ponto final na carreira na última corrida da temporada, em 14 de novembro, em Valência, onde espera “conquistar alguns pontos”.