Com água nas barragens para assegurar o abastecimento público apenas durante um ano, os autarcas algarvios mostram-se preocupados com a demora no avanço do projeto de dessalinização. Se este inverno não chover, há o receio de que, no final de 2023, a água nas torneiras possa sofrer cortes.
As reservas de água no Algarve só asseguram o abastecimento durante mais um ano, caso não chova o suficiente durante o inverno. Numa região que regista um consumo de água acentuado durante o verão, devido ao turismo, esta situação preocupa os autarcas locais.
A criação de uma central de dessalinização é vista como uma solução para a falta de água. Contudo, o autarca de Castro Marim, Francisco Amaral, critica o processo extenso e demorado envolto na burocracia, de forma a tornar este projeto uma realidade.
Esta central localizar-se-ia em Lagos ou em Albufeira, mas o final da construção só está previsto para 2025. Para o presidente da Câmara de Albufeira, esse ano será demasiado tarde e o impacto da falta de água terá efeitos nefastos para o turismo na região.
Enquanto não houver uma solução concreta, é necessário aplicar medidas de poupança dos recursos hídricos.
Em Albufeira, à semelhança de vários pontos do país, a Câmara está a proceder à mudança de vários jardins, promovendo a substituição da relva por outras espécies de vegetação que exijam um consumo menor de água.
Os sistemas de rega estão também a ser atualizados para rega gota a gota.
- VÍDEO: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL