Pelo segundo ano consecutivo o CSIO3* de Portugal vai decorrer no Villamoura Equestrian Centre, entre 18 e 21 de novembro, com a presença de alguns dos melhores cavaleiros do mundo, como David Will, Kevin Staut e Gregory Wathelet.
O evento, que regressa ao Algarve, vai voltar a abrir as portas ao público, depois de há um ano ter decorrido à porta fechada, devido à pandemia da covid-19, e contará com a presença de cerca de 200 cavaleiros e 800 cavalos, entre os quais cinco portugueses: António Matos Almeida, Mário Prieto, Francisco Romão, Francisco Rocha e Duarte Seabra.
“Esta é uma prova que só se pode realizar uma vez por ano em cada país e, ao contrário do que é mais habitual neste desporto, que é individual, é por equipas. Cada nação traz quatro cavaleiros, mais um suplente, para uma prova que é disputada por equipa e por país, o que a torna verdadeiramente diferente”, começa por explicar António Moura, presidente do evento, em declarações à agência Lusa.
A Taça das Nações, regida pela Federação Equestre Internacional (FEI), terá lugar no próximo domingo e será disputada por 17 países, “desde as maiores potências europeias da modalidade, Brasil, Estados Unidos e, entre muitos outros, alguns países da América do Sul”.
“A prova rainha, a Taça das Nações, é no domingo, mas nos dias anteriores há provas individuais, um Grande Prémio, para os cavaleiros terem contacto com a pista e ganharem rodagem”, acrescentou o diretor, lembrando ser a única vez que “os melhores cavaleiros do mundo se deslocam a Portugal” para disputar “uma prova que se distingue de todas as outras.”
A defender o título do CSIO3* de Portugal, conquistado há um ano no Algarve, vai estar a Alemanha de David Will, que terá como grandes rivais, entre outros, a seleções de França de Kevin Staut (medalha de ouro por equipas nos Jogos Olímpicos Rio2016 e número 11 no ‘ranking’ FEI), da Bélgica de Gregory Wathelet e dos Estados Unidos, representada por cinco cavaleiras, num evento que deixa António Moura orgulhoso pelo voto de confiança da Federação Equestre Portuguesa.
“É um prémio de confiança e reconhecimento pelo nosso trabalho. O VillaMoura tem, hoje em dia, as melhores pistas para a prática deste desporto e, isso, foi valorizado. Todas as grandes competições individuais que existem no país eram feitas em VillaMoura e, fruto desse trabalho, foi-nos dada a oportunidade de organizar esta prova. É ainda o reconhecimento do investimento que foi feito em infraestruturas e, em termos de organização, permite ter a garantia de estar ao mais alto nível”, aponta o responsável.
Além da pista central já existente, António Moura conta que foram aplicados, este ano, numa segunda pista cerca de 350 mil euros, um investimento que no total já atinge os cerca de três milhões de euros no VillaMoura Equestrian Centre nos últimos nove anos.
“A grande exigência dos cavaleiros é em relação às condições existentes para os cavalos, que, hoje em dia, são tratados como atletas de alta competição. Houve um grande desenvolvimento de tipo de piso, onde os cavalos saltam, para evitar lesões. E nós temos as pistas com maior qualidade, construídas com a nova tecnologia de ponta e por empresas alemãs, dando a garantia de serem iguais às melhores de todo o mundo”, avança Moura.
Além de reconhecer estar a ser recompensado pelo investimento, António Moura acredita que “a cidade de Vilamoura e o Algarve, bem como a Região de Turismo do Algarve, que também tem apoiado o evento, estão a ter um retorno económico de dois a três milhões de euros por semana”.
Com entrada livre e a encerrar sete semanas de Saltos de Obstáculos no Champions Tour, o CSIO3* de Portugal é ainda uma competição qualificativa para o próximo Campeonato do Mundo, em 2022 na Dinamarca, e para os Jogos Olímpicos Paris2024.