A Câmara de Castro Marim vai realizar testes de diagnóstico de covid-19 às micro e pequenas empresas do município para reduzir o risco de infeções no comércio local e incentivar o turismo, anunciou hoje o município.
A autarquia do distrito de Faro adiantou que, “depois de testar massivamente toda a população do concelho à covid-19” quando o concelho registou “os números mais preocupantes da região algarvia”, no início do ano, vai agora começar a testar “cabeleireiros, restaurantes, cafés, construção civil, lojas de comércio local e outros”.
“Esta é uma medida que pretende reduzir o risco de propagação do vírus no concelho de Castro Marim e, desta forma, apoiar e estimular o comércio local”, justificou a Câmara algarvia num comunicado.
O presidente da Câmara de Castro Marim, Francisco Amaral, considerou no comunicado que o impacto da pandemia no turismo, a principal atividade económica do Algarve, torna “fundamental estabelecer medidas que deem segurança aos trabalhadores e aos turistas para que possam continuar a escolher Castro Marim” como destino.
A autarquia esclareceu que a testagem das pequeno e microempresas vai ser feita “periodicamente” e com inscrições “obrigatórias” e disponibilizou dois números de telefone (281 510 747 e 961 743 222) para os interessados se inscreverem “a partir da próxima segunda-feira, dia 26 de abril”.
“Esta é a 3.ª fase da campanha ‘Testar para parar o vírus’, iniciada em fevereiro”, salientou a autarquia, relembrando a testagem massiva realizada a toda a população com o apoio de uma equipa de profissionais de saúde voluntários, incluindo a população das aldeias dispersas do concelho, com recurso à Unidade Móvel de Saúde, e com a “cobertura técnico-científica do delegado de saúde local, Dr. Mariano Ayala”.
Castro Marim começou a testagem massiva da população em 13 de fevereiro, no pavilhão municipal da sede de concelho, com a realização de testes antigénios à população para detetar casos de covid-19, quando o município se encontrava com uma incidência acumulada a 14 dias de 2.517 casos por 100.000 habitante.
Na ocasião, o presidente da autarquia queixou-se da falta de capacidade da autoridade de saúde regional para fazer o rastreio epidemiológico e criticou-a por ter recusado a oferta de apoio do município para ajudar a fazer esse trabalho.
A testagem abrangeu em dois dias cerca de 800 pessoas, foi repetida nos fins de semana seguintes na freguesia de Altura e levada depois às populações das aldeias isoladas da serra algarvia, num universo total de cerca de 4.000 pessoas.
Agora, a autarquia inicia a 3.ªa fase, com a testagem das pequenas e microempresas do concelho.