Depois dos dias muito quentes de agosto, vivemos agora neste inicio de setembro uma brusca mudança na temperatura, tanto de dia como de noite. Os dias de sol deram lugar a dias chuvosos, e com algum vento. As mudanças bruscas de temperatura podem ocorrer a qualquer momento, mas são mais propícias em certas épocas do ano.
Crianças, idosos e doentes crónicos, que são grupos mais vulneráveis, sentem ainda mais os efeitos destas alterações climáticas.
As Mudanças que ocorrem no nosso corpo
Quando a temperatura diminui, o nosso corpo gasta mais energia para se manter aquecido. Como consequência, sentimos mais fome e tornamo-nos mais vulneráveis a problemas de saúde.
Além disso, estar em ambientes fechados na maior parte do dia pode ser outra ameaça, pois a falta de renovação do ar facilita a transmissão de vírus.
Aqueles que já têm predisposição para problemas respiratórios, como asma ou bronquite, enfrentam um maior agravamento dos sintomas.
Quando ocorre uma alteração repentina da temperatura, por exemplo, de quente para frio, a pressão arterial aumenta e pode ocorrer uma crise hipertensiva.
Problemas de saúde mais comuns
A chegada do inverno potencia uma série de condições de saúde, especialmente relacionadas com problemas respiratórios, viroses, alergias e problemas cardíacos.
Além disso, dias mais frios podem provocar mudanças de humor, tornando as pessoas mais suscetíveis à tristeza ou depressão.
Constipações
Locais fechados e com maior concentração de pessoas tendem a ser mais propícios à circulação do vírus da gripe.
Por isso, é comum ficarmos constipados nesta época do ano. A melhor forma de prevenção é a vacinação contra a gripe.
Em caso de sintomas como dor, febre e inflamação nas vias respiratórias, deve procurar um médico.
Problemas cardíacos
O sistema cardiovascular também é afetado pelas mudanças bruscas de temperatura. Quando o clima aquece, o sangue torna-se mais espesso e a pressão tende a diminuir.
O coração precisa de trabalhar mais para bombear o sangue, e aqueles que têm problemas cardíacos podem sofrer mais com essas mudanças.
Pneumonia
As baixas temperaturas fazem com que a nossa imunidade fique mais baixa, uma vez que o corpo gasta mais energia para manter as funções vitais.
Algumas bactérias podem aproveitar essa situação para causar infeções nos pulmões, resultando em pneumonia. Crianças e idosos têm mais risco de desenvolver esta doença.
Alergias
A causa da maioria das alergias respiratórias são os ácaros. Eles alojam-se em tapetes, almofadas, cortinas e roupas e aproveitam as temperaturas mais baixas.
Quando o tempo fica mais frio, é comum que as pessoas ventilem menos as casas e reduzam a limpeza. Evitar a acumulação de poeira é a melhor prevenção.
Como prevenir problemas de saúde relacionados com a mudança brusca de temperatura?
Aqui estão cinco dicas para minimizar o risco de problemas de saúde durante esse período de mudança.
Hidratação
Em dias frios, é comum diminuir a ingestão de água. No entanto, mesmo sem sede aparente, é importante ter consigo uma garrafa de água e consumi-la ao longo do dia. Além disso, frutas, legumes e verduras auxiliam na hidratação.
Alimentação adequada
Durante o inverno, o nosso corpo requer mais energia para manter as funções vitais do organismo. Portanto, é essencial fazer ajustes na alimentação, optando por alimentos que acelerem o metabolismo e escolhendo opções mais calóricas, com moderação.
Ventilação
Mesmo em dias frios, é importante abrir as janelas para permitir a circulação do ar em ambientes fechados, diminuindo a proliferação de vírus e bactérias.
Evitar choques térmicos
Ao sair de ambientes fechados para o frio, proteja o nariz e a boca com um cachecol ou a gola da blusa para evitar mudanças bruscas de temperatura.
Higiene das roupas de inverno
Antes de usar roupas de inverno que estiveram guardadas por muito tempo, certifique-se de lavá-las ou deixá-las ao sol para evitar o desenvolvimento de alergias.
É importante lembrar que, ao longo do ano, as variações de temperatura e humidade podem afetar a saúde. Para manter-se saudável, é fundamental procurar a ajuda de profissionais de saúde, como clínicos gerais, alergologistas e pneumologistas, de acordo com os sintomas apresentados.
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