Em Portugal, onde o consumo de peixe é uma prática alimentar enraizada, a procura por opções nutritivas, acessíveis e versáteis continua a ser uma prioridade para muitas famílias. Nos últimos meses, têm surgido novos destaques nas recomendações nutricionais, sobretudo entre peixes habitualmente desvalorizados. Um deles é a sardinha, que, segundo o portal de saúde Minha Vida, apresenta um perfil nutricional comparável, e, em certos aspetos, superior, ao do atum ou do bacalhau, sendo possível encontrá-la em mercados e supermercados de todo o país, fresca ou em conserva, durante praticamente todo o ano.
Pequena no tamanho, grande no valor nutricional
Uma porção de 200 gramas de sardinha, de acordo com o site, pode fornecer praticamente 100% das necessidades diárias de ácidos gordos ómega-3, reconhecidos pelo seu contributo para a saúde cardiovascular, cerebral e imunológica. Além disso, as sardinhas contêm elevados níveis de selénio e vitaminas A e E, micronutrientes com ação antioxidante, responsáveis por combater os efeitos do stress oxidativo e dos radicais livres no organismo.
Outro fator de relevo apontado pela mesma fonte é a densidade mineral das sardinhas. Este peixe é rico em ferro, iodo, magnésio, zinco, fósforo e potássio, minerais essenciais à função celular, ao equilíbrio hormonal e ao bom funcionamento do sistema nervoso. Conforme a fonte acima citada, o seu teor de vitaminas do complexo B reforça ainda mais o valor desta escolha alimentar, especialmente pela sua ação benéfica na saúde muscular e na regulação do metabolismo energético.
Alternativa económica com impacto na saúde
A par do seu valor nutricional, o preço é outro dos pontos fortes. Comparando com outras fontes de ómega-3 como o salmão ou o bacalhau, as sardinhas apresentam um custo significativamente inferior, podendo ser adquiridas por valores muito abaixo da média dos peixes importados. Esta característica torna-as particularmente atrativas numa conjuntura económica marcada pela necessidade de contenção de despesas nas famílias portuguesas.
Disponível, prática e culturalmente familiar
Além de serem fáceis de preparar e amplamente disponíveis, as sardinhas fazem parte da tradição gastronómica nacional, nomeadamente durante os meses de verão, em celebrações populares como os Santos Populares. A versatilidade da sardinha permite o seu consumo grelhado, assado, em conserva ou incorporado em pratos mais elaborados, sem perda significativa dos seus nutrientes, conforme refere a mesma fonte.
Escolha sustentável e alinhada com a dieta mediterrânica
A sardinha, por ser um peixe de pequeno porte e de reprodução rápida, representa também uma escolha mais sustentável do ponto de vista ambiental, quando comparada com espécies de maior dimensão e ciclo de vida mais longo. Esta característica, aliada ao seu enquadramento na dieta mediterrânica, reconhecida pela UNESCO como património cultural imaterial da humanidade, reforça o seu valor enquanto alimento base de uma alimentação saudável e consciente.
No Algarve, a sardinha é um dos alimentos de eleição, especialmente nos meses de verão, podendo ser encontrada tanto nos grelhadores das festas populares como nos de restaurantes. Integrada na tradição gastronómica local, é apreciada pela frescura, acessibilidade e valor nutricional, refletindo a forte ligação da região ao mar e à dieta mediterrânica.
Segundo o Minha Vida, o consumo regular de sardinhas pode contribuir significativamente para a prevenção de doenças crónicas e para o reforço do sistema imunitário. Face a estas evidências, a sardinha assume-se como uma opção equilibrada entre saúde, tradição e sustentabilidade.
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