O número de votos no estrangeiro nas eleições presidenciais de domingo “duplicou” face às eleições homólogas de 2016, anunciou hoje o Governo, num momento em que ainda falta contabilizar os resultados de três postos consulares.
“O número de votos no estrangeiro para a eleição do Presidente da República duplicou face à última eleição presidencial. Os dados provisórios apontam para 27.615 votos em relação aos 14.150 de 2016”, refere um comunicado conjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros e do Ministério da Administração Interna.
“Este aumento, a confirmar-se uma vez concluído o escrutínio provisório, ainda pendente em três postos consulares, verifica-se também em relação ao número de votantes na eleição para o Parlamento Europeu em 2019, que registou 13.816”, acrescenta o documento.
Os dois ministérios assinalam que o número de locais de voto foi “o mais elevado desde que há registo” e estes receberam “15 toneladas de material eleitoral”.
Os cidadãos portugueses no estrangeiro puderam votar nos dias 23 e 24 de janeiro em “164 secções de voto em cerca de 145 serviços consulares da rede externa portuguesa”, sublinha o comunicado.
O Governo aponta que os postos consulares onde se registaram maior número de votantes foram, por ordem decrescente, Londres, Luxemburgo, Paris e Macau, e que, “em termos globais”, a Suíça foi o país onde se registou o maior nome de votantes, seguida de Brasil, França e Reino Unido.
No comunicado, os dois ministérios destacaram também que os 5.429 cidadãos portugueses que participaram na votação antecipada no estrangeiro, realizada entre os dias 12 e 14 deste mês em 117 postos consulares, correspondem ao “maior número de que há registo”.
Marcelo Rebelo de Sousa, com o apoio do PSD e CDS, foi reeleito Presidente da República nas eleições de domingo, com 60,70% dos votos, segundo os resultados provisórios apurados em todas as 3.092 freguesias e quando faltava apurar três consulados.
A socialista Ana Gomes foi a segunda candidata mais votada, com 12,97%, seguindo-se André Ventura, do Chega, com 11,90%, João Ferreira (PCP e Verdes) com 4,32%, Marisa Matias (Bloco de Esquerda) com 3,95%, Tiago Mayan Gonçalves (Iniciativa Liberal) com 3,22% e Vitorino Silva (Reagir, Incluir e Reciclar – RIR) com 2,94%.
A abstenção foi de 60,5%, a percentagem mais elevada de sempre em eleições para o Presidente da República.