Os candidatos do PSD às próximas Eleições Legislativas pelo Círculo Eleitoral do Algarve lamentam a decisão, apressada, tomada a menos de uma semana das eleições, de integrar o Hospital de São Gonçalo de Lagos no Serviço Nacional de Saúde.
“O Partido Socialista e o Governo têm acusado o PSD de querer privatizar o SNS, mas vêm agora com toda a pompa e circunstância congratular-se com um negócio que entrega 43.000 euros todos os meses aos privados para garantir apenas 23 camas”, afirma o PSD Algarve em comunicado.
O PSD lamenta que “seja feito mais um acordo à socialista, uma TAP à moda do Algarve que nada mais é do que uma tentativa de salvar um grupo privado de saúde de um negócio pouco viável. Um grupo privado que depois da compra do edifício do Hospital de São Gonçalo de Lagos por um grupo francês, vem agora, menos de um mês depois, ceder a sua posição ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve”.
Os deputados do PSD eleitos pelo Algarve comprometem-se, logo após a tomada de posse na Assembleia da República, “a pedir esclarecimentos ao Governo, à Administração Regional de Saúde do Algarve e ao Centro Hospitalar Universitário do Algarve sobre os detalhes deste acordo que é claramente lesivo para os interesses do país e da população”.
“Nos últimos dias os candidatos do PS têm mostrado como desconhecem os reais problemas da saúde no Algarve e recorrem às falsas declarações para denegrir a imagem, o empenho e as propostas do PSD para melhorar a qualidade de vida dos algarvios”, pode ler-se.
Os social-democratas dizem que “é lamentável que a cabeça-de-lista do PS afirme que o PSD não pretende construir o novo Hospital Central do Algarve, quando essa proposta está bem explícita no programa nacional do partido, bem como é uma das medidas fundamentais dos candidatos pelo círculo de Faro. É preciso recordar que tem sido o PS a adiar, ano após ano, esta obra fundamental. Prometeu a obra nas eleições de 2015 para a suspender logo em 2016. O tema voltou em 2019, antes das eleições, para voltar a ser posto na gaveta por Jamila Madeira, quando chegou a Secretária de Estado da Saúde”.
“O Partido Socialista vem agora, em desespero e a poucos dias das eleições, pedir ‘confiança’ para ‘continuar a investir na saúde do Algarve’”. O PSD Algarve diz que “é preciso recordar o Partido Socialista que há mais de 82 mil algarvios sem médico de família, um número que é hoje 24% superior ao que se verificava no final de 2020” e que os tempos de espera “continuam a aumentar na região graças ao Governo que está no poder”.
“É claro para todos que a Saúde no Algarve precisa de medidas fortes, de propostas concretas e não de demagogias e palavras ocas de quem pretende apenas fazer títulos com promessas que já todos sabem que não serão cumpridas”, destaca, acrescentando que “nos últimos 26 anos o Partido Socialista governou durante 19 com as consequências que estão à vista de todos: menos médicos de família, menos cirurgias, menos consultas. Em resumo, menos saúde”.
“É evidente que, com o Partido Socialista, o Algarve e os algarvios continuarão sem uma resposta adequada para os problemas que a saúde atravessa. São necessários mais médicos, mais enfermeiros, mais técnicos, mais auxiliares. São necessárias mais infraestruturas, como o novo Hospital Central do Algarve. O Algarve não precisa de mais promessas por cumprir. Precisa de quem cumpra, realmente, o que promete e o PSD é a garantia desse futuro”, conclui.