Uma maioria absoluta socialista, o Chega como terceira força, a perda de representação do CDS e de Os Verdes foram as principais alterações da Assembleia da República.
De acordo com os resultados globais, as legislativas foram ganhas pelo PS, com 41,68% dos votos e 117 deputados eleitos e o PSD foi o segundo partido mais votado, com 27,80% dos votos e 76 deputados, faltando ainda apurar os resultados dos círculos da Europa e Fora da Europa.
A taxa de abstenção foi de 42,04%.
2019 VS 2022
As legislativas de 2019 foram ganhas pelo PS, que obteve 36,34% dos votos e elegeu 108 deputados. O PSD foi o segundo partido mais votado, com 27,76% dos votos e 79 deputados. Nessas eleições, a taxa de abstenção foi de 51,43%.
Além da maioria absoluta socialista, as legislativas deste ano mudaram o cenário parlamentar, com o Chega a ficar como a terceira força política (passando de um para 12 deputados eleitos), lugar que em 2019 era ocupado pelo Bloco de Esquerda (BE).
Também a Iniciativa Liberal, que há três anos foi o oitavo partido mais votado, elegendo um deputado, vê reforçada a sua presença no Parlamento, passando para a quarta posição. Conseguiu eleger oito deputados, um lugar que em 2019 era ocupado pelo PCP.
Já o BE desceu uma posição, sendo agora a quinta força mais representada, sendo seguida pela CDU. O PAN vê a sua representação parlamentar descer de quatro deputados em 2019 para um, enquanto o Livre mantém um deputado no Parlamento.
As legislativas ficam marcadas ainda pela perda de representação parlamentar do CDS, que em 2019 foi o quinto partido mais votado, elegendo cinco deputados. O presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, demitiu-se no seguimento destes maus resultados.
O Partido Ecologista Os Verdes, que concorreu em coligação com o PCP, perdeu a representação parlamentar.
- Texto: SIC Notícias, televisão parceira do POSTAL, com Lusa