Nestas eleições legislativas, entre os 226 deputados eleitos estão 84 mulheres, ou seja, 37% do total, não estando ainda contabilizadas as que possam ser eleitas pelos círculos da Europa e Fora da Europa que ainda não estão fechados. A percentagem é ligeiramente inferior à que se verificou nas eleições legislativas anteriores (39%), em 2019, com 88 mulheres eleitas.
Rosa: MULHERES – Cinzento: HOMENS – 4 lugares por atribuir pelos círculos da Europa e Fora da Europa que ainda não estão fechados.
Esta ainda não é a composição definitiva da Assembleia da República, uma vez que alguns destes deputados serão chamados para integrar o Governo, tendo de ser substituídos por outros membros das listas.
Para já, destas 84 mulheres 45 são do Partido Socialista (38% dos eleitos pelo partido) e 28 do PSD (37%). O Bloco de Esquerda, a CDU e a Iniciativa Liberal têm, cada um, três mulheres eleitas, além de uma no Chega e mais uma no PAN.
Se olharmos para a composição do Parlamento, nos últimos dois anos contavam-se 92 mulheres (ou seja, 40% do total) – e essa era a percentagem mais alta de sempre. Só desde 2015 é que as deputadas passaram a representar mais de um terço da Assembleia da República.
Deputadas parlamentares em Portugal
Na década de 1970, eram menos de 7% e nos anos 1980 mantinham-se abaixo de 8%. Entre 2005 e 2014, oscilaram entre um quinto e um quarto do Parlamento.
Para as eleições deste domingo, havia 939 mulheres (46%) e 1120 homens (54%) entre os 2059 candidatos efetivos a deputados, por parte dos nove partidos com representação na Assembleia da República. Essa proporção desequilibrava-se mais olhando para os lugares elegíveis em cada partido: 37% de mulheres (93) para 63% de homens (156). Quanto aos nomes a encabeçar as listas dos partidos, a percentagem de mulheres baixava para 35% (68 mulheres e 128 homens).
- Texto: Expresso, jornal parceiro do POSTAL