O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu esta terça-feira que da extrema-direita à extrema-esquerda ninguém é contra o aumento do salário mínimo nacional (SMN), e acusou o secretário-geral do PS de mentir atribuindo-lhe posições que não tem.
Durante uma sessão temática sobre saúde, em Faro, Rui Rio questionou: “Mas há alguém, e agora vou englobar mesmo todos, da extrema-direita à extrema-esquerda, há alguém que ache que o salário mínimo é muito e que não deve subir, que chega para viver? Há alguém?”.
Logo de seguida, o presidente do PSD deu a resposta: “Eu acho que é mesmo da extrema-direita à extrema-esquerda, não há nenhum português que ache isso”.
Em tom indignado, Rui Rio acrescentou: “O doutor António Costa tem o desplante de dizer que o PSD é contra o aumento do salário mínimo nacional. Então o PSD é a favor do quê? Da redução do salário mínimo nacional? Acha que é dinheiro a mais?”.
O presidente do PSD sustentou que o secretário-geral do PS e primeiro-ministro “está a ver o terreno a fugir” na corrida para as legislativas de domingo e voltou a sugerir-lhe que “pode terminar isto com alguma dignidade”.
“E assim não é com dignidade, a mentir sobre o que os outros dizem não é com dignidade”, criticou.
Na sua intervenção, Rui Rio alegou que “com a governação do PS os salários em Portugal se degradaram relativamente àquilo que é a média comunitária, ou seja, os outros países da Europa avançaram no poder de compra através dos salários mais e melhor”.
O presidente do PSD referiu que “a mediana dos salários em Portugal é de 900 euros”, explicando que isso significa que “metade dos portugueses ganham menos de 900 euros, e metade ganham mais de 900 euros”.
“Só há um país com uma mediana pior do que nós: a Bulgária. Todos os outros têm uma mediana superior. Pode até a mediana não ser 900, ser 850, só que nesses países com 850 compra-se mais do que aqui com 900”, prosseguiu, concluindo: “Portanto, nós fomo-nos degradando através da governação do PS nestes seis anos”.