Em dia de campanha dedicado aos concelhos de Lagos e Albufeira, onde houve a oportunidade de contactar com trabalhadores das duas autarquias, Catarina Marques, a primeira candidata da CDU pelo Algarve à Assembleia da República, focou-se na ausência de uma verdadeira rede e a escassez de oferta de transportes públicos na região.
“Apesar de em 2019 ter sido possível inscrever no Orçamento do Estado a redução do preço dos passes sociais, permitindo um aumento significativo dos utentes de transportes públicos no País (particularmente nas áreas metropolitanas), o facto é que o Algarve continua a ser hoje uma região deficitária nesta matéria”, lamenta a CDU.
Como destacou Catarina Marques, “a ferrovia continua a ser desvalorizada, com o percurso entre Vila Real de Santo António e Lagos a demorar mais de duas horas e que é feito em carruagens já muito degradadas e com horários que não têm articulação com outros meios de transporte”. No plano rodoviário, “a região continua refém de um grupo económico privado (Grupo Barraqueiro) que impõe as suas regras em função dos lucros que pretende obter à custa da redução da mobilidade das populações”.
A CDU defende “a reconstituição de um operador público rodoviário na região e um forte investimento no alargamento da oferta, a par de uma decidida aposta na ferrovia, modernizando a linha do Algarve e introduzindo outros modos de transporte – de que é exemplo a ligação ao Aeroporto – que privilegiem a substituição do transporte individual pelo transporte público colectivo”.
Para Catarina Marques esta opção “é inseparável da redução do preço da utilização dos transportes públicos, tendente à gratuitidade que deveria abranger a população até aos 18 anos ainda em 2022. Uma opção que é a medida mais urgente que se pode tomar para defender o ambiente e mitigar as alterações climáticas ”.