O Presidente da República pretende renovar o estado de emergência com “o mesmo regime” por oito dias já que não há dados suficientes relativamente ao período natalício, dando tempo para “encontrar uma solução que aponte para um mês”.
No primeiro debate das presidenciais, que colocou Marcelo Rebelo de Sousa frente a frente com a bloquista Marisa Matias, o Presidente da República foi questionado sobre a possibilidade do atual estado de emergência ser renovado apenas por uma semana e não por 15 dias como habitualmente.
“Eu inclino-me para oito dias apenas”, respondeu, garantindo que “não tem nada a ver com a campanha”, no frente a frente, transmitido pela RTP e moderado pelo jornalista Carlos Daniel.
De acordo com o chefe de Estado, “não há dados suficientes relativamente ao período de Natal”, havendo mesmo “dados que são contraditórios”, justificando que “houve pontes consecutivas e não houve testes”.
“O que é isto significa? Só é possível ter uma reunião com os especialistas no dia 12, mas não é possível criar um vazio. Para não criar um vazio há que renovar”, afirmou.
Assim, Marcelo Rebelo de Sousa, “se os partidos concordarem, se o Governo concordar, se a Assembleia autorizar”, renova-se o estado de emergência “com o mesmo regime durante oito dias” para assim se “dar tempo para se ter um conjunto de dados que permita encontrar uma solução que aponte para um mês”.
O estado de emergência, decretado em 09 de novembro, foi renovado até 07 de janeiro, com recolher obrigatório nos concelhos de risco de contágio mais elevado.