Para garantir a saúde da nossa pele há medidas preventivas que não devem ser descuradas ao longo da vida, assim: exposição solar deve ser sempre moderada; há que procurar no nosso corpo sinais e ver se aumentam de tamanho ou sangram, e sempre que surja uma suspeita impõe-se consultar o dermatologista. Dá-se com assente, é quase axiomático que toda a exposição solar é fonte de saúde, o que está longe de ser verdade, basta recordar que as crianças e os adultos têm a necessidade de luz natural para sintetizar a vitamina D, mas basta um quarto de hora de luz no rosto. E não se trata de conversa alarmista: demasiado Sol na infância potencia o risco de cancro de pele na idade adulta.
Pois bem, também sobre o protetor solar há crenças sem fundamento. Por exemplo, quando se diz que ele é o melhor meio de proteção contra os ultravioletas. Se é verdade que o protetor ajuda a prevenir queimaduras e agressões mais profundas da pele, nada é mais eficaz do que evitar o Sol nas horas mais escaldantes do dia e andar coberto com vestuário apropriado. A tal propósito, é importante que conheçamos as diferentes radiações ultravioletas. A radiação ultravioleta A provoca um bronzeado rápido, mas de curta duração, enquanto a radiação ultravioleta B provoca o espessamento da pele e garante um bronzeado mais lento, mas mais duradouro. De igual modo, é falso dizer-se que uma queimadura é um dano temporário da pele, pois um escaldão pode ter consequências 20 ou 30 anos mais tarde e provocar um envelhecimento prematuro da pele ou até mesmo uma doença muito grave. A exposição solar desregrada tem sempre consequências para a saúde: torna a pele seca, pouco elástica, enrugada e com aspeto envelhecido.
Atenda-se ao significado do fator de proteção solar. Trata-se do poder de filtragem das radiações ultravioletas que cada protetor solar contém. Sem estes filtros, a nossa pele é rapidamente agredida em poucos minutos. Há quem pense que com o índice de proteção 20 pode estar 20 vezes mais tempo exposta. Nada de mais errado, a eficácia depende da correta escolha do protetor em função do tipo de pele. Os protetores solares, ao inibirem a queimadura, poderão dar uma sensação de falta de segurança, mas em caso algum devem ser usados para proporcionar exposições ao Sol mais prolongadas. A aplicação do produto 15 a 30 minutos antes da exposição e uma reaplicação precoce 15 a 30 minutos após o início da exposição solar é essencial. A aplicação deve fazer-se de forma generosa, incluindo os lábios, as orelhas, à volta dos olhos, couro cabeludo (nas pessoas calvas), pescoço, mãos e pés.
Privilegie o aconselhamento do seu dermatologista, na sua falta conte com o aconselhamento farmacêutico, é sempre uma porta aberta para nos prestar informações adicionais em matérias como: cuidados específicos com a exposição, sobretudo a exposição ao sol de bebés e crianças pequenas; quais são os requisitos da rotulagem e como atuam os ecrãs e os filtros dos protetores solares; quais as medidas obrigatórias que devem ser tomadas quando há calor em excesso, por exemplo. Recorra ao seu farmacêutico para obter melhor informação na escolha do protetor solar mais adequado ao seu tipo de pele.