É uma infeção que atinge uma ou mais unhas e é causada por fungos. As fontes de infeção podem ser o solo, animais, outras pessoas, e até mesmo material de manicura ou pedicura mal desinfetado. As unhas que mais frequentemente são infetadas são as dos pés, pelo facto de estes estarem sujeitos a ambientes húmidos, como sejam os sapatos e os ténis ou o contato com o chão de vestiários, ginásios, duches públicos ou balneários.
O seu tratamento poderá demorar semanas ou meses, e casos há em que a infeção reaparece. Se é verdade que todas as pessoas podem contrair micoses há grupos de pessoas com maior tendência para estas infeções: quem usa piscinas e/ou balneários públicos; os praticantes de desporto e as pessoas mais idosas; os que sofrem de pé de atleta; profissionais de limpeza e jardinagem; quem sofre de diabetes, obesidade, de problemas podológicos, doenças cardiovasculares e imunodeficiências…. É uma lista longa.
A micose manifesta-se quando as unhas ficam endurecidas e grossas, aparecem manchas e a sua superfície fica frágil e quebradiça. Escusado é dizer que as micoses são suscetíveis de criar complicações graves se não forem tratadas a tempo, provocam dor e desconforto ao andar, agravam o pé diabético, reduzem as defesas do indivíduo para infeções por fungos e claro está são contagiantes. E não devemos iludir a existência de efeitos psicológicos da doença: embaraço e vergonha, o medo de contágio e até ser responsável por vários problemas profissionais.
Evitam-se com bons hábitos higiénicos: não andar descalço em pisos húmidos; evitar mexer na terra sem usar luvas; usar somente a sua tesoura de unhas; evitar usar calçado fechado em permanência; preferir meias que absorvam a humidade dos pés; não utilizar unhas postiças (retêm a água, o que favorece o desenvolvimento de fungos).
Não esquecer que as micoses das unhas podem ter recidivas, o mesmo é dizer a infeção pode regressar no caso de tratamento inapropriado ou incompleto. Os tratamentos de que dispomos são práticos, seguros e eficazes. O médico poderá recomendar diferentes tipos de tratamento, de acordo com a gravidade de cada situação. É o caso do tratamento tópico, antifúngicos em verniz, após a aplicação na superfície da unha, penetram, destruindo diretamente o fungo; há também o tratamento oral, são antifúngicos em comprimidos ou cápsulas; e por último temos o tratamento com associação de antifúngicos orais e tópicos.
Numa fase inicial, a utilização adequada de alguns vernizes antifúngicos poderá ser eficaz em cerca de 75% das micoses. Recomenda-se que se deixe estar a camada de verniz na unha que é pincelada uma vez por dia. Após sete dias de tratamento, devem-se limpar as camadas acumuladas com álcool e recomeçar um novo ciclo de aplicações. Para que o tratamento seja bem-sucedido, o fungo causador deve ser totalmente eliminado da unha, e a unha doente deverá ser totalmente substituída por uma unha nova, saudável. Os medicamentos ajudam a que a nova unha cresça sem infeção. A duração do tratamento pode variar entre 2 a 3 meses para as mãos e 3 a 4 meses para os pés. A interrupção do tratamento favorece a persistência do fungo, ou sua recaída, por vezes desenvolvimento de resistências.
Quem sofre de micoses tem toda a vantagem em conversar com o farmacêutico, este profissional de saúde ajuda o utente a perceber a natureza das infeções fúngicas; pode também ajudar o utente os tratamentos prescritos costumam ser demorados. No caso dos diabéticos, é necessário reforçar a observação dos pés, dado que devem evitar todo o tipo de problemas e lesões. O farmacêutico orienta quanto à higiene da pele, a forma adequada de cortar as unhas, a alternância do calçado, a forma de proteger os pés quando se frequenta espaços públicos ou balneários.