Dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) mostram diferenças marcadas na esperança de vida em Portugal, com regiões onde os residentes vivem durante mais anos e outras onde os valores permanecem abaixo da média nacional. As áreas do Norte e Centro continuam a destacar-se pela maior longevidade, enquanto os Açores, a Madeira e o Baixo Alentejo registam estimativas mais baixas no triénio de 2022 a 2024, segundo aponta a RTP.
Os números conhecidos revelam que a esperança de vida à nascença nos Açores se mantém como a mais reduzida do país, com 78,33 anos. Na Madeira, o valor sobe para 79,20 anos, ainda assim abaixo da estimativa para o continente, situada nos 81,49 anos.
O retrato é semelhante no Baixo Alentejo, onde a esperança de vida à nascença se fixa nos 78,65 anos. Esta é a região continental com o valor mais baixo, refletindo tendências já observadas em anos anteriores.
Em contraste, o Norte e o Centro surgem como as áreas onde os residentes vivem, em média, durante mais tempo. Destaca-se o Cávado, com 82,94 anos, e a região do Ave, com 82,18 anos. Estes valores representam as estimativas mais elevadas do país.
A tendência geral do país é de aumento
Os dados divulgados pelo INE mostram que a esperança de vida em Portugal continua a aumentar. Para o período entre 2022 e 2024, a estimativa nacional atinge os 81,49 anos, o que representa um crescimento de 0,32 anos em comparação com o triénio anterior, quando o indicador se situava nos 81,17 anos.
De acordo com a mesma fonte, a evolução positiva reflete um aumento equivalente a cerca de 3,8 meses, confirmando a tendência de recuperação após os impactos provocados pela pandemia nos anos anteriores.
O INE sublinha que estas estimativas são calculadas com base em mortalidade observada no período em análise, motivo pelo qual os triénios sucessivos permitem uma visão mais estável da evolução demográfica.
Diferença acentuada entre homens e mulheres
Tal como em anos anteriores, a diferença entre sexos continua evidente. À nascença, os homens podem esperar viver 78,73 anos, enquanto as mulheres atingem uma estimativa de 83,96 anos. Esta diferença de cerca de cinco anos é consistente com o padrão observado em vários países europeus.
Em comparação com o triénio anterior, a esperança de vida masculina registou um aumento de 0,36 anos, o equivalente a cerca de 4,3 meses. Já no caso das mulheres, o acréscimo foi de 0,29 anos, correspondente a 3,5 meses adicionais, conforme refere a RTP.
Apesar destas diferenças, ambos os valores reforçam a tendência de melhoria gradual da longevidade em Portugal.
Retrato da longevidade no país
O INE conclui que, apesar das desigualdades regionais, a esperança de vida continua numa trajetória de crescimento. As regiões do Cávado e do Ave destacam-se como as mais longevas, enquanto os Açores, a Madeira e o Baixo Alentejo permanecem abaixo da média.
A evolução positiva confirma que Portugal mantém uma tendência de aumento da longevidade, ainda que com ritmos diferentes entre regiões e entre homens e mulheres.
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